ECOSSISTEMA OU SISTEMA ECOLÓGICO E MEIO AMBIENTE

ECOSSISTEMA
Ecossistema (grego oikos (οἶκος), casa + systema (σύστημα), sistema: sistema onde se vive) designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades.

Consideram-se como fatores bióticos os efeitos das diversas populações de animais, plantas e bactérias umas com as outras e abióticos os fatores externos como a água, o sol, o solo, o gelo, o vento. Em um determinado local, seja uma vegetação de cerrado, mata ciliar, caatinga,mata atlântica ou floresta amazônica, por exemplo, a todas as relações dos organismos entre si, e com seu meio ambiente chamamos ecossistema. Ou seja, podemos definir ecossistema como sendo um conjunto de comunidades interagindo entre si e agindo sobre e/ou sofrendo a ação dos fatores abióticos.

São chamados agroecossistemas quando além destes fatores, atua ao menos uma população agrícola. A alteração de um único elemento pode causar modificações em todo o sistema, podendo ocorrer a perda do equilíbrio existente. O conjunto de todos os ecossistemas do mundo forma a Biosfera.

Funcionamento

A base de um ecossistema são os produtores que são os organismos capazes de fazer fotossíntese ou quimiossíntese. Produzem e acumulam energia através de processos bioquímicos utilizando como matéria prima a água, gás carbônico e luz. Em ambientes afóticos (sem luz), também existem produtores, mas neste caso a fonte utilizada para a síntese de matéria orgânica não é luz mas a energia liberada nas reações químicas de oxidação efetuadas nas células (como por exemplo em reações de oxidação de compostos de enxofre). Este processo denominado quimiossíntese é realizado por muitas bactérias terrestres e aquáticas.

Dentro de um ecossistema existem vários tipos de consumidores, que juntos formam uma cadeia alimentar, destacam-se:
Consumidores primários:
São os animais que se alimentam dos produtores, ou seja, as espécies herbívoras. Milhares de espécies presentes em terra ou na água, se adaptaram para consumir vegetais, sem dúvida a maior fonte de alimento do planeta. Os consumidores primários podem ser desde microscópicas larvas planctônicas, ou invertebrados bentônicos que se alimentam do fitoplâncton ou do microfitobentos, até grandes mamíferos terrestres como a girafa e o elefante.

Consumidores secundários:

São os animais que se alimentam dos herbívoros, a primeira categoria de animais carnívoros.

Consumidores terciários:

São geralmente os grandes predadores como os tubarões, orcas e leões, os quais capturam grandes presas, sendo considerados os predadores de topo de cadeia. Tem como característica, normalmente, o grande tamanho e menores densidades populacionais.

Decompositores ou biorredutores:

São os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis no ambiente. Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos, são o último elo da cadeia trófica, fechando o ciclo. A seqüência de organismos relacionados pela predação constitui uma cadeia alimentar, cuja estrutura é simples, unidirecional e não ramificada.
Pirâmide ecológica

O fluxo de matéria e energia nos ecossistemas pode ser representado por meio de pirâmides, que poderão ser de energia, de biomassa (matéria) ou de números. Nas pirâmides ecológicas, a base é quase sempre mais larga que o topo. A quantidade de matéria (biomassa) e de energia transferível de um nível trófico para outro sofre um decréscimo de um décimo a cada passagem, ou seja, cada organismo transfere apenas nove décimos da matéria e da energia que absorveu.

Ecossistemas terrestres doBrasil


  1.     Amazônia - América Latina
  2.     Caatinga
  3.     Campos
  4.     Campos do Sul do Brasil
  5.     Cerrado
  6.     Mata Atlântica - Litoral brasileiro
  7.     Mata de Araucárias do Brasil
  8.     Mata de cocais - Norte e Nordeste Brasileiro
  9.     Pantanal - brasileiro


Ecossistemas aquáticos
Costeiros
Restingas
Manguezais
Sapais
Oceânicos

Como se relacionam os fatores bióticos e abióticos?
Fatores abióticos afectam a estrutura e as características da comunidade, mas a comunidade pode também alterar os componentes abióticos do ecossistema.
Fatores bióticos afectam as diferentes populaçoes da comunidade e as trocas de energia e matéria destas com o ambiente. Assim, factores abióticos e seres vivos estão em permanente ligação sistémica.

Algumas áreas vulneráveis do mundo
    Floresta Atlântica (lato sensu);
    Floresta Amazônica (lato sensu);
    Florestas das Ilhas do Pacífico Sul;
    Florestas Úmidas de Nga-Manpuri-Chin (em Bangladesh, Índia e Myamar);
    Florestas Úmidas das ilhas Salomão-Vanuatu-Bismarck;
    Florestas das Terras Altas de Camarões, Guiné Equatorial e Nigéria;
    Mangues do Golfo da Guiné;
    Mangues de Madagascar;
    Florestas Úmidas de Palawan (Filipinas);
    Florestas de Terra Firme do México e Guatemala;
    Mangues da África Oriental.

EcotoxicologiaEcotoxicologia

O termo Ecotoxicologia foi cunhado por René Truhaut em 1969, que o definiu como sendo "o ramo da toxicologia preocupado com o estudo de efeitos tóxicos causados por poluentes naturais ou sintéticos, sobre quaisquer constituintes dos ecossistemas: animais (incluindo seres humanos), vegetais ou microorganismos, em um contexto integral" (Truhaut, 1977).

A ecotoxicologia - um dos ramos da ecologia - estuda os efeitos e as influências de agentes tóxicos sobre diversos níveis de organização biológica: celular, individual, populacional, da comunidade e do ecossistema, compreendendo três áreas fundamentais de estudo:

Estudo das emissões e ingresso dos poluentes no ambiente, assim como sua distribuição e destino;
Estudos qualitativos e quantitativos dos efeitos tóxicos dos poluentes no ecossistemas e no homem;
Estudo do ingresso e destino dos poluentes na biosfera, enfatizando a contaminação das cadeias alimentares.

Marco da Ecotoxicologia

A publicação do livro "Primavera Silenciosa", de Rachel Carson em 1962 catalisou a separação da ecotoxicologia da toxicologia clássica. O elemento revolucionário introduzido por Rachel Carson foi a extrapolação dos efeitos sobre um único organismo para todo um ecossistema (Bazerman et al, 2006).  Este estudo sistêmico é diferente da natureza antropocêntrica da toxicologia clássica, e, portanto, a ecotoxicologia é uma disciplina bem mais ampla, porque incorpora aspectos de ecologia, toxicologia, fisiologia, biologia molecular, química analítica e outras ainda para estudar os efeitos de xenobióticos em um ecossistema. A finalidade desta abordagem é ser capaz de predizer os efeitos dos poluentes, de tal forma que se um incidente ocorrer, será possível definir ações eficientes e efetivas para remediar os efeitos deletérios causados pelos poluentes. Em ecossistemas que já estão impactados pela poluição, estudos ecotoxicológicos podem informar qual é o melhor modo de ação para que o ecossistema seja capaz de recuperar seus serviços e funções.

EcótipoEcótipo

Em uma espécie, um ecótipo é a presença de populações geneticamente únicas que são adaptadas ao seu ambiente local. Por exemplo, é comumente aceito que o boto-cinza tem dois ecótipos - um fluvial, encontrado em rios amazônicos, e o outro pelágico encontrado ao longo da costa sul-americana.

O termo ecótipo foi cunhado em 1922 pelo botânico sueco Göte Turesson.
EcorregiãoUm ecótipo, como tal, não tem definição taxonômica formal.

Ecorregião

Uma ecorregião ou região ecológica é uma área definida ecologica e geograficamente, menor que uma ecozona mas maior que um ecossistema. Ecorregiões geralmente cobrem áreas relativamente grandes de água ou terra e contém comunidades e espécies características dessa área delimitada geograficamente. A biodiversidade de fauna, flora e ecossistemas que caracteriza uma ecorregião tende a ser diferente da de outras ecorregiões. Em teoria, dentro de uma ecorregião a probabilidade de encontrar determinadas espécies e/ou comunidades tende a ser a mesma em um determinado ponto, com uma variação aceitável desses parâmetros em outros pontos da área.

Definição e Categorização
Uma ecorregião é um padrão de ecossistemas associados com determinado solo e acidente geográfico que caracteriza tal região. Ormenik (2004) define ecorregião como áreas em que há coincidências espaciais entre características dos fenômenos geográficos associadas com diferenças na qualidade e integridade de ecossistemas. Como características dos fenômenos geográfico entende-se por geologia, fisiografia, vegetação, clima, hidrologia, fauna terrestre e aquática, e solo, que pode incluir ou não o impacto causado por atividades humanas (por exemplo, uso da terra e mudanças na vegetação). Há significante, mas não absoluta, correlação espacial entre essas características, tornando a designação de ecorregiões uma "ciência não exata". Outra complicação é que as condições ambientais nos limites de uma ecorregião podem mudar gradativamente; por exemplo: a transição entre pradaria e floresta no meio-oreste dos Estados Unidos é difícil de ser limitada com exatidão. Tais zonas de transição são chamadas ecótonos.

A intenção em definir determinada ecorregião pode afetar o método utilizado para tal ação. Por exemplo, as ecorregiões propostas pelo WWF foram desenvolvidas para auxiliar no planejamento de conservação da biodiversidade, e coloca uma ênfase maior nas diferenças entre fauna e flora do que os sistemas de Ormenik ou Bailey. A classificação do WWF define ecorregião como:
Uma grande área de terra ou água que contém geograficamente um conjunto de comunidades naturais que:

        (a) Compartilham a maioria de suas espécies e dinâmicas ecológicas;
        (b) Compartilham as mesmas condições ambientais, e;
        (c) Interagem ecologicamente de modos que são críticos para a sua persistência a longo prazo.

De acordo com o WWF, os limites de uma ecorregião se aproxima da real extensão das comunidades naturais antes de qualquer mudança ou destruição recentes. O WWF identificou 867 ecorregiões terrestres e 450 ecorregiões de água doce no planeta.
Importância

O uso do termo ecorregião é uma consequência no interesse pelos ecossistemas e seu funcionamento. Em particular, há existe a consciência de problemas relacionados à escala espacial no estudo da Ecologia de paisagem. É amplamente reconhecido que ecossistemas interligados se combinam para formar uma "grande soma de suas partes". Há muitas tentativas de lidar com ecossistemas em um modo integrado de paisagens, e vários grupos de pesquisa usam ecorregião como uma unidade de análise.

O Global 200 é a lista de ecorregiões identificadas pelo WWF como prioritárias para conservação.

Ecomorfologia

Ecomorfologia é o estudo das relações entre as formas dos organismos e seus modos de vida. O termo foi cunhado em 1975 por Karr e James num artigo que examinava as relações das características morfológicas e os aspectos ambientais numa visão estritamente ecológica.

Ecólogo

Ecólogo


Ecólogo é o profissional dedicado ao estudo da ecologia. Ou seja, da ciência que analisa a relação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente em que vivem. Por conta disso, ele é capaz de atuar em diferentes áreas. Como, por exemplo, na avaliação de impactos ambientais de empreeendimentos industriais ou uso inadequado dos recursos naturais, na instalação das indústrias e no controle da descarga de dejetos da produção para evitar a poluição ambiental, no planejamento da ocupação humana e desenvolvimento sustentável; na criação, administração e supervisão de reservas florestais e zoológicos; no ecoturismo; na pesquisa e no ensino.

No Brasil existem cursos de graduação em Ecologia na UNESP campus de Rio Claro, na UNIDAVI (SC), na UCPel (RS), na UFPB (Campus IV-Litoral Norte), na UNI-BH, na UFRN, UFERSA e na UFG tendo habilitação em Análise Ambiental.
Mercado de Trabalho

O campo de atuação do ecólogo é bem vasto. O emprego normalmente está em:

    firmas de consultoria;
    órgãos públicos e institutos de pesquisas como Ibama, a Embrapa;
    ONGs;
    unidades de conservação.
    Sistemas de meio ambiente (SEMAD), licenciamento ambiental.
Ecologia Vegetal

Ecologia Vegetal


A ecologia vegetal é a subdisciplina da ecologia que estuda a distribuição e abundância das plantas, as interacções entre membros da mesma espécie e de espécies diferentes e as suas interacções com o meio ambiente. A ecologia vegetal tem origem tanto na geografia das plantas, como em estudos sobre o relacionamento entre plantas individuais e o seu meio envolvente.

De uma maneira geral, o âmbito da ecologia vegetal abarca a ecofisiologia vegetal, a ecologia populacional vegetal, a ecologia comunitária, a ecologia ecossistemática, a ecologia da paisagem e a ecologia global.

Ecologia Urbana

Ecologia Urbana


Ecologia urbana, um campo da ecologia, é uma nova área de estudos ambientais que procura entender os sistemas naturais dentro das áreas urbanas. Ela lida com as interações de plantas, animais e de seres humanos em áreas urbanas. Ecologistas urbanos estudam árvores, rios, vida selvagem e áreas livres encontrados nas cidades para entender até que ponto esses recursos são afetados pela poluição, urbanização e outras formas de pressão.

Estudos em ecologia urbana podem ajudar as pessoas a verem as cidades como parte de um ecossistema vivo.

Podemos notar claramente, que o meio ambiente foi alterado de forma radical e devido a isto esta área da Ecologia adquiriu uma importância tão grande que a fez torna-la essencial. Nascentes de água e reservas subterrâneas foram infectadas ou extinguidas através da ocupação humana descontrolada. Essa dura realidade se mostra clara quando vemos as grandes cidades com altos índices de poluição ambiental gerada após anos de descaso e só agora estamos sentindo o quanto fomos irresponsáveis ao consumirmos irracionalmente o nosso planeta.

Aplicar políticas que visem criar a conscientização das pessoas e a introdução da cultura de sustentabilidade e ecologia urbana nas populações de todas as faixas sociais é fundamental para garantir uma melhor condição de vida para todos e dar a oportunidade de aprenderem que a utilização de meios sustentáveis pode ser muito mais do que meramente "agir ecologicamente de forma correta"

Uma área muito conhecida da população e que está intimamente ligada a ecologia urbana é a reciclagem. E devido a sua grande importância, esses programas envolvendo reciclagem de materiais e o processamento de resíduos, deveriam passar a ser subsidiado pelos governos assim como patrocinados pela iniciativa privada.

Assim, a sustentabilidade urbana consiste em um dos grandes desafios da sociedade atual e consequentemente de seus governantes.
Ecologia Social

Ecologia Social


Ecologia social é um conceito criado pelo geógrafo anarquista Elisée Reclus em fins do século XIX e reapropriado pelo filósofo Murray Bookchin nos anos de 1960.

Sustenta a idéia que os problemas ecológicos atuais estão arraigados e profundamente assentados em problemas sociais, particularmente no domínio dos sistemas políticos e sociais hierarquizados. Estes resultaram de uma aceitação não-crítica de uma filosofia hipercompetitiva do crescer ou morrer. Sugere também que não é possível fazer frente a tais problemas através de ações individuais como o consumismo ético, mas precisa estar relacionado a formas de pensamento éticos mais profundas e atividades coletivas fundamentadas em ideais democráticos radicais (libertários). A complexidade das relações entre pessoas e a natureza é enfatizada, junto com a importância de se estabelecer estruturas sociais que possam levar em conta tais relações.

A ecologia social não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.

A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.

Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.

No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro. Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.

Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.
Ecologia Política

Ecologia Política


Ecologia política é o estudo da relação harmônica ou desarmônica entre os grupos sociais e o ecossistema em que estão inseridos, ficando alguns grupos com os recursos e outros sofrendo mais com a poluição. É uma interdisciplina com a geopolítica. Alguns cientístas consideram-na tanto ramo da biologia, como da geopolítica já que esta última estuda aspectos ecológicos, geológicos e geográficos do ambiente e a interferência do estado nesses aspectos, incluindo os fatores políticos, econômicos e sociais. Mais especificamente, este estudo interrelacionado da geopolítica, refere-se à influência da sociedade, do estado e das empresas, notadamente as transnacionais, na geração ou exarcebação de problemas ambientais e também na formulação e implementação de políticas ambientais. As origens do termo estão em trabalhos do antropólogo Eric Wolf, do filósofo e escritor Hans Magnus Enzensberger e alguns outros autores, publicados nas décadas de 1970 e 1980.

A maioria dos estudiosos da ecologia política provém da Antropologia, da Geografia e da Ciência Política. Mas há também aqueles ligados à Ecologia Cultural, que trata do modo como a cultura depende das condições materiais da sociedade, em especial, no que se refere à obtenção de alimentos e matérias-primas.

Outros se utilizam da Economia Política para analisar as questões ambientais. Nessa vertente, destacam-se as obras de Martinez-Aliez. The Political Economy of Soil Erosion(Methuen, 1985), um estudo que correlaciona a degradação do solo na África sobretudo à política colonial de apropriação da terra - e não tanto à superexploração do solo, por parte dos agricultores africanos.

Assim a Ecologia Política propõe-se a contribuir para:
  • Entender que os problemas ambientais não afetam a todos igualmente, sendo os pobres geralmente os mais prejudicados;
  • Entender que a riqueza dos ricos depende do apoderamento do meio-ambiente;
  • Entender as decisões das comunidades sobre o ambiente natural, considerando o seu contexto político, a pressão econômica e as regras da sociedade;
  • Compreender como relações desiguais entre sociedades afetam o ambiente natural;
  • Compreender como a desigualdade social afeta o meio ambiente.

No Brasil, grupos de pesquisa sobre ecologia política mais notáveis são o GESTA na UFMG e o grupo do Prof Henry Acselrad e Carlos Vainer no IPPUR/UFRJ. A Rede Brasileira de Justiça Ambiental articula os temas da ecologia política em forma de luta por justiça ambiental. No mundo as principais revistas sobre o assunto são a CNS (EUA), Ecologia Politica (Italia), Ecología Politica (Espanha) e Ecologie Politique (França).

Instrumentos da ecologia política

    Geopolítica
    Comércio justo
    Democracia participativa
    Agricultura orgânica
    Ecologia do trabalho
    Passivo ambiental
    Decrescimento sustentável
Ecoeconomia

Ecoeconomia


Eco-economia é uma nova proposta econômica (de Lester Brown, desde 1980) que passa a considerar a ecologia e seus sistemas de suporte e reposição.

Ela parte do princípio geral de que a economia clássica assegura que as matérias-primas e recursos naturais são infinitos, enquanto o trabalho é finito e, por isso, tem valor. A nova proposta diz que hoje em dia essa teoria praticamente se inverteu.

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