MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA AMÉRICA LATINA

A América Latina e o Caribe estão diante de riscos cada vez maiores de serem atingidos por desastres naturais, segundo o relatório “Up in Smoke? Latin America and the Caribbean – A ameaça da mudança climática para o meio ambiente e desenvolvimento humano”, divulgado por uma coalizão de 20 entidades internacionais, entre elas Tearfund, Greenpeace e WWF. O estudo destaca que o clima latino-americano e caribenho“está se tornando cada vez mais imprevisível e muito extremo” e que a região está “mais vulnerável”, pois os ecossistemas destruídos não conseguem se adaptar a mudanças drásticas. O relatório destacou que, em conseqüência disso, os esforços para acabar com a pobreza e manter o sustento agrícola de milhões de pessoas podem estar ameaçados.

Segundo a pesquisa, a temporada de furacões durante 2005 registrou 27 tormentas tropicais, 15 das quais se transformaram em furacões. O mais devastador deles foi o Katrina, que provocou a morte de pelo menos mil pessoas ao atingir o litoral sul dos Estados Unidos. Para 2006, as autoridades prognosticaram pelo menos 16 tormentas tropicais, quatro das quais poderiam tornar-se “perigosos furacões”.

O relatório advertiu também para a escassez de água potável, principalmente porque o descongelamento das geleiras andinas está afetando o fluxo dos rios e ameaça a possibilidade de conseguir água potável no futuro. Além disso, o desmatamento ilegal de grandes extensões de terra aumenta as emissões de dióxido de carbono na atmosfera, deixando que essas áreas se inundem com mais facilidade.

Três áreas fundamentais devem ser melhoradas, segundo o documento: “reverter e deter mais alterações nas mudanças climáticas; analisar estratégias sobre como viver em um mundo onde as mudanças climáticas não podem ser detidas; e a necessidade, por parte dos países, de criar um marco de desenvolvimento harmônico com o meio ambiente, que seja igualitário na repartição de recursos naturais”.
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