PARQUE NACIONAL MARINHO DE FERNANDO DE NORONHA - PE

ÁREA DA UNIDADE
170 (ha)

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS
Antecedentes Legais
É antigo o interesse pelo então IBDF em proteger o arquipélago de Fernando de Noronha. No entanto, só em 1985 o Departamento de Parques Nacionais e Reservas Equivalente (DN), adotou a idéia da criação. Para a criação do Parque houve a organização de um comitê Pró-parque que tratou de mostrar as belezas cênicas do lugar tanto a nível nacional quanto a nível internacional.

Aspectos Culturais e Históricos
Logo após o descobrimento em 10/08/1503, por Américo Vespúcio, vários impactos negativos aconteceram no Parque, como: desmatamento de mais ou menos 95% da vegetação original, introdução de animais e plantas, lixo, animais domésticos soltos na ilha, caça, pesca, entre outros.

ASPECTOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS
Clima
O clima é Tropical, com estação seca bem definida. Entre agosto e janeiro ocorrem as menores precipitações e entre janeiro e junho concentram-se as precipitações máximas. As temperaturas variam entre 23,5° C e 31,5° C.

Relevo
Há variações de relevo que vão desde áreas planas até picos e morros. Em algumas regiões destacam-se os paredões e platôs.

PARQUE NACIONAL MARINHO DE FERNANDO DE NORONHA - PE
PARQUE NACIONAL MARINHO DE FERNANDO DE NORONHA - PE

JustificarOBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE
Preservar o ecossistema marinho; proteger a tartaruga Aruanã (Chelonia midas ); garantir a reprodução e o crescimento do Golfinho-rotator (Stenella longirostris) e proteger os corais da região.



Vegetação
A vegetação das ilhas incluem a Floresta Atlântica, a Caatinga, o Pinheiral e a Restinga. A vegetação é principalmente de arbustiva a herbácea com muitas invasoras. Já a vegetação marinha, se comparada a outras brasileiras é pobre em diversidade.

Fauna
A avifauna é rica, apresentando endemismo, como a espécie Phaethon lepturus ascensionis, que não ocorre em outra área brasileira. Algumas espécies são migratórias ou visitantes. Quanto a fauna marinha, há registros de corais e hidrocorais variados.

BENEFÍCIOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO E REGIÃO
A unidade de conservação é fundamental para proteção da beleza cênica do arquipélago, da avifauna, da fauna marinha e especificamente de tartarugas, golfinhos e corais.

USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO
A principal ilha apresenta fortes alterações antrópicas. Houve ocupação desordenada, retirada de lenha, introdução de fauna e flora exóticas, construção de açudes, aeroportos e estradas, exploração de uma pedreira e destruição quase total do único manguezal do arquipélago.

O navegador Américo Vespúcio foi o primeiro a desembarcar em Noronha, fato ocorrido em 1503. Depois disto, passou na mão de holandeses, franceses, foi base militar americana e também teve nomes como Quaresma, Pavônia e Ilhas dos Golfinhos e só então, por volta de 1737, o Arquipélago de Fernando de Noronha passou a pertencer a Pernambuco.Os vestígios da passagem destes povos estão registrados em vários pontos das ilhas. Na verdade, até o governo de Pernambuco também não deu muito valor ao lugar e construiu um presídio que funcionou até 1942.

Alguns presos ainda tentaram fugir dali construindo jangadas com uma madeira encontrada na ilha, conhecida como mulungu. O que os presos não sabiam é que esta madeira se encharcava na água e em pouco tempo os fugitivos naufragavam e eram recapturados.

O arquipélago foi dado de presente ao português Fernão de Loronha, que nem se quer pisou nas ilhas, a única coisa que ficou deste presente foi o nome do Arquipélago, assim mesmo com as mudanças na escrita. Adiantando um pouco no tempo, em 1972 desce em Noronha um avião militar trazendo os primeiros turistas oficiais. Um grupo de 42 pessoas, assustadas após percorrerem 300 quilômetros entre o céu e o mar, distância entre a costa de Pernambuco e o arquipélago, e aterrissaram naquela pequena pista construída na ilha principal.

No ano de 1988 foi criado o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, com o objetivo de preservar a integridade deste ambiente tão frágil. No passado, algumas atitudes absurdas causaram danos irreversíveis, uma delas foi à tentativa de introduzir na ilha, espécies exóticas com finalidades específicas. Um exemplo disto foi à introdução do lagarto teju, para eliminar os ratos trazidos pelos navios. Um erro irônico, pois os tejus têm hábitos diurnos e os ratos só saem durante a noite, resumindo, eles nunca se encontram. Os tejus, que estão por toda ilha, se alimentam de ovos de tartarugas e das aves como atobás, fragatas e outras, causando um grande dano. Há relatos de que alguns tejus foram vistos nadando, cruzando de uma ilha a outra em busca de alimento.

Totalizando 26 km2, incluindo as pequenas ilhotas, o arquipélago é um show de cores dentro e fora d`água. Em suas águas claras e transparentes as tartarugas e milhares de peixes dividem o espaço com mergulhadores, todos em total harmonia, os únicos disparos que acontecem atualmente são os flashes e as câmeras fotográficas. Estas mesmas águas ainda abrigam os mais nobres moradores da ilha, os simpáticos golfinhos rotadores, que encontram na baía dos Golfinhos o ambiente ideal para procriação e descanso. Todos os dias eles adentram a baía, a partir das 5:30 da manhã e passam o dia em plena atividade, ou seja, saltando, girando e copulando.

Os pesquisadores do Projeto Golfinhos Rotadores monitoram os golfinhos diariamente coletando dados que ajudam a entender melhor o comportamento destes simpáticos freqüentadores da baía. Há registros da entrada de grupos de até 1000 indivíduos na baía e de cima do mirante é possível observar o espetáculo destas criaturas apaixonantes. Percorrer as 17 praias do arquipélago é um presente dos deuses, passar pelas águas verdes da Baía dos Porcos, os Dois Irmãos, rochedos que se transformaram no principal ícone da ilha, um mergulho na praia do Leão, lugar escolhido pelas tartarugas marinhas para a desova. Na Cacimba do Padre os surfistas podem dropar ondas de sonho com uma pintura ao fundo.
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