ESTAÇÃO ECOLÓGICA DO JARI - AP

Estação Ecológica do Jari
Estação Ecológica do Jari
Estação Ecológica do Jari
Localização
Localizada a 80 km ao norte da cidade de Monte Dourado, com acesso via estrada de terra.

Superfície
227.126 hectares.

Bioma
Amazônia 100%
Floresta Ombrófila Densa 100%

Ha numa faixa que vai do rio Jarí a leste, até o rio Parú a oeste, dois afluentes da margem esquerda do rio Amazonas, situada nos municípios de Almeirim (PA) e Mazagão (AP) com cerca de 60% do Pará e 40% no Amapá.

Clima
O clima da região é quente e úmido, com temperatura média superior a 22ºC e umidade relativa em torno de 80%. O inverno local compreende os meses chuvosos de dezembro a maio.

A área da Estação Ecológica está assentada sobre terrenos paleozóicos com umas intrusões magmáticas posteriores de diabásio. O paredão de pedra de mais de 70 Km de extensão que corta horizontalmente a Estação, do rio Jarí ao rio Parú, e marca o limite norte da bacia sedimentar amazônica foi originado pelo peso dos sedimentos lacustres e fluviais que o fez se levantar. A altitude da cachoeira de Santo Antonio, no rio Jarí, é próxima do nível do mar, e daí os terrenos se inclinam progressivamente até atingir 500 m na crista do paredão.

Diferentemente dos terrenos da área que se estende do rio Amazonas até 100 km ao norte, essencialmente terciários, os da Estação são basicamente do Siluriano e Devoniano. Na rocha primária são cavados simples buracos ou grutas, cuja mais conhecida é localizada perto da sede, com uma superfície ao chão de aproximadamente 150 m2.

Cachoeira de Santo Antônio - Rio Jari
Cachoeira de Santo Antônio - Rio Jari
Rio Jari
Castanheira do Pará
Cacho da bacabeira
Vista Aérea do Rio Jari
Flora
A vegetação é classificada como Floresta Equatorial Úmida, sempre verde, densa, com o estrato superior atingindo mais de 30 m. O angelim, a maçaranduba e a mandioqueira estão entre as árvores emergentes. A Floresta de Várzea também é encontrada na unidade. Beirando os cursos d’água encontra-se uma vegetação constituída predominantemente por buritis e outras palmeiras.

Palmeiras crescem na área, essencialmente a Bacabeira e a Paxiúba, grandes Arecáceas pouco frequentes, como são também as do sub-bosque e do estrato descontínuo abaixo do dossel, essencialmente marajás (Bactris sp.).

Floresta secundária de terra firme - A regeneração natural oferece uma mata densa de numerosos troncos finos.

Capoeira - Nem sempre fácil de separar da floresta secundária de terra firme, ela tem duas origens diferentes que podem se combinar.

Origem natural; os afloramentos rochosos, possivelmente por ação química dos solos muito rasos acolhem na orla da mata uma vegetação baixa ou meio alta (15-20 metros) e a erosão ativa de certas zonas do paredão de pedra, expressa por queda de blocos ou até parte de falésio.

Origem antrópica: zonas naturalmente mais abertas, os campos rupestres atraem mais o homem que desenvolve as suas atividades contra a maturação da sucessão vegetal (desmatamento, fogo, acampamento, capinagem, circulação de veículos e até aterrissagem forçadas).

A sede da Estação é circundada de capoeira de vários estágios de desenvolvimentos. Campo rupestre - É raramente nu com liquens e algas, e geralmente coberto por vegetação que suporte a alternância de períodos secos e de alagamento de vários meses (Ciperáceas, Gramíneas, vários arbustos).

Algumas manchas de capoeira altas (20 metros) são distribuídas dentro.

Floresta de Igapó
Floresta de igapó - Em continuidade com a floresta de terra firme, existe uma floresta sazonalmente inundada e percorrida por braços de igarapé. É um hábitat muito linear, de pouca largura representada perto da sede pelo igapó do igarapé alto, dito da Santa.

Uma pequena área é aberta (sem árvore), mas a maior parte é floresta com árvores de até 35 metros, tal como a Ucuúba-da-várzea. Como pelo resto da floresta é surpreendente a raridade das palmeiras.

Mata de galeria - Da declividade geral das partes da Estação resulta a raridade da floresta de igapó e a quase continuidade linear de matas de galeria que acompanham os igarapés cortados de cachoeirinhas nomeados igarapé Água Preta e dito da Santa.

Espécies com status de conservação - Dez por cento das espécies identificadas na Estação pertencem a uma ou duas das categorias que definem o status de conservação. Doze, destas 16 espécies são raras, uma sendo presumivelmente ameaçada. Nenhuma espécie ameaçada ainda foi encontrada na Estação Ecológica do Jari.

tucano-do-bico-preto
Onça-pintada
Fauna
  • Espécies endêmicas - Tucano-bico-preto, Tucano-pacova, Araçari-negra, Araçari-preto, Papa-formiga, Uirapuru-estrela, Saira-diamante, Saú- beija-flor.
  • Espécies raras - Gavião-de-penacho, Jacu, Choquinha, Mãe-de-taoca-de-garganta-vermelha, Pássaro-boi, Maú, Araponga-branca, Galo-da-serra, gralha.
  • Presumivelmente ameaçadas - Gavião-de-penhacho

A lista das espécies de mamíferos que poderiam ocorrer na Estação, inclui 75 espécies não voadoras com uma subestimação para roedores e meia dúzia de casos duvidosos sobre limites geográficos de distribuição.

Um levantamento não exaustivo de alguns índices de presença de mamíferos na Estação Ecológica do Jari levou a contactar 28 espécies de 8 ordens, dos quais os Quirópteros (morcegos) apresentam 12 espécies.

De 16 mamíferos não voadores, 7 apresentam status de conservação com três espécies ameaçadas de extinção; Tatú Coatá e Onça-pintada, e 4 espécies presumivelmente ameaçadas, que como as precedentes sofrem tanto da caça ligada ao garimpo e as concentrações humanas de Monte Dourado e do Laranjal do Jari (Beiradão), como o desmatamento arrasador e das técnicas de produção de pasta de papel aplicadas a sul da Estação. São Tatú-de-quinze-quilos, Anta, Caititu ou Queixada e Veado-mateiro ou Birá.

Fonte: Ibama

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