MACACO JUBA E MACACO LOIRO SÃO IDENTIFICADOS NO CONGO (RDC)

Macaco Juba Macaco Juba

Uma nova espécie de macaco encontrada na África é o segundo primata a ser identificado em 28 anos, de acordo com cientistas. O animal foi descoberto na República Democrática do Congo, onde é conhecido como ''lesula''. Dois rios, o Congo e o Lomani, separam o habitat desse macaco do local onde vivem seus dois primos mais próximos.

Ambientalistas afirmam que a descoberta ressalta a necessidade de proteger a vida selvagem na Bacia do Congo. A descoberta foi divulgada na publicação científica online "Public Library of Science".

O primeiro contato que cientistas tiveram com a espécie foi quando acharam uma fêmea jovem, mantida em gaiola por um professor de escola primária, na cidade de Opala.

O animal agora está sob os cuidados de um instituto especializado e sendo monitorado por cientistas.

Seis meses depois de encontrar o primata preso, especialistas conseguiram achar outros no ambiente selvagem.
Macaco Loiro do Congo
Macaco (Cercopithecus lomamiensis)  (Foto: Reprodução/"PLoS One")

 Macaco Loiro do Congo

Uma nova espécie de primata da família dos macacos (Cercopithecus lomamiensis) foi descoberta por cientístas nas florestas da República Democrática do Congo (RDC), na África. Conhecido pela população local como macaco-lesula, o animal tem grandes olhos cor-de-mel, rosto e peito cobertos por pelos loiros, com pelagem levemente negra no topo da cabeça e tom mais escuro nos ombros, braços, patas e no corpo.

Batizado de Cercopithecus lomamiensis, em referência à bacia do rio Lomami, no Congo, onde foi encontrado, o animal é parente do macaco cara-de-coruja (Cercopithecus hamlyni), de acordo com o estudo, publicado no periódico científico "PLoS One" da quarta feira 12 de setembro de 2012.

A pesquisa aponta que o animal vive tanto no chão quanto em árvores e tem uma dieta basicamente herbívora. Os cientistas usaram aparelhos GPS para marcar a exata localização dos espécimes encontrados, incluindo macacos mortos por caçadores locais, leopardos e águias.

Os primeiros dados científicos sobre estes primatas foram coletados em junho de 2007, quando uma fêmea jovem da espécie (que até então era desconhecida) foi encontrada em uma jaula em uma escola primária em Opala, cidade da República Democrática do Congo.

O animal tem porte médio, corpo magro e o rosto parcialmente livre de pelos, avaliam os cientistas. Quanto mais jovem o primata, mais loira é a pelagem que cobre o seu corpo.

Macaco Loiro do Congo
Macho adulto da espécie descoberta 'Cercopithecus
lomamiensis' (Foto: Reprodução/"PLoS One")
Animais tímidos
Estes macacos são tímidos e, entre os encontrados na região estudada do Congo, são os menos comuns - de 223 observações de primatas feitas pelos cientistas durante o estudo, apenas 19 foram de "macacos loiros" ou macacos-lesula.

Os machos tem corpos maiores do que as fêmeas, dizem os pesquisadores. Para se comunicar, os animais emitem um grande guincho de baixa frequência sonora, similar aos seus parentes, os macacos cara-de-coruja.

Os macacos-lesula são encontrados em áreas de floresta úmida e tropical. Eles não foram identificados em savanas ou áreas de mata alagada, de acordo com o estudo.

Em geral os animais foram identificados em grupos, seja com indivíduos de sua espécie ou com outros primatas. Nos 19 encontros ocorridos durante o período de estudos dos cientistas, 48 primatas desta espécie foram vistos, sendo que 17 deles estavam no chão quando foram flagrados.

Os animais são pacíficos e fugiram na maior parte dos encontros com os cientistas, registra a pesquisa. Os cientistas registraram que a espécie é comum na bacia do rio Lomami, tendo sido identificada seguidas vezes em uma área de 17 mil km². Eles apontam que o lesula era até agora desconhecido por haver pouca pesquisa científica na região em que o animal foi encontrado.

Os bandos de "macacos-loiros" podem reunir cinco indivíduos ou mais. Geralmente são encontradas fêmeas jovens acompanhadas de um macho adulto. A nova espécie foi descoberta por uma equipe de cientistas de várias instituições, como a Universidade Columbia, a Universidade da cidade de Nova York, o Museu de História Natural (todas nos Estados Unidos), a Sociedade Lukuru para Pesquisa da Vida Selvagem e a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem do Congo (ambas no Congo).

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