ESTURJÃO-CHINÊS (Aciper sinensis)

O esturjão-chinês é um peixe membro da família Acipenseridae e da ordem Acipenseriformes. É uma espécie rigorosamente protegida pelo governo chinês, que o classifica como "tesouro nacional", da mesma forma que o panda-gigante.

O comprimento médio do esturjão-chinês varia de 2-5 m, e o peso de 200-500 kg, o que faz dessa espécie o terceiro maior esturjão, depois do esturjão-branco e o esturjão-do-atlântico. A sua cabeça é afilada, e a boca está situada na parte inferior.

Os esturjões são peixes anádromos. O esturjão-chinês é considerado um peixe de água doce de grandes dimensões, embora passe parte do seu ciclo de vida no mar, como o salmão. A espécie migra subindo os rios. Ela parte de áreas da costa oriental da China e migra de volta para os rios para a reprodução, assim que atinge a maturidade sexual. O esturjão-chinês é a espécie de esturjão que realiza a migração mais longa, subindo o Rio Yangtzé por uma extensão de mais de 3.500 km. A espécie possui uma capacidade reprodutiva limitada; só reproduzindo-se três ou quatro vezes durante o seu ciclo de vida. As fêmeas trazem dentro de si mais de um milhão de ovos, que são expelidos quando maduros para que passem por fertilização externa

O esturjão-chinês é uma espécie nativa preciosa e ameaçada na China. Encontra-se disperso pelos principais afluentes do Rio Yangtzé e pelas regiões costeiras do Rio Qiantang, Rio Minjiang e Rio das Pérolas. A maioria dos animais aquáticos são alimentos para os jovens do esturjão-chinês, enquanto os adultos se alimentam de insetos aquáticos, larvas, diatomáceas e substâncias húmicas.

Na década de 1970, havia uma estimativa de 2.000 esturjões-chineses se reproduzindo no rio Yangtzé a cada ano. Agora esse número está reduzido a apenas algumas centenas devido às ameaças ao seu habitat, como a poluição e outras ações humanas. A rota migratória dos peixes adultos rumo a zonas tradicionais de reprodução, como o Rio Jinsha, acima do Rio Yangtzé, foi bloqueada com a construção da barragem da usina hidrelétrica de Gezhouba, no início da década de 1980.

O esturjão também é altamente sensível ao aumento do nível de ruídos nos rios provocado pelo tráfego de embarcações, e também está vulnerável às hélices dos barcos, que lhes provocam ferimentos ou a morte.

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