Salamandra | Características Gerais das Salamandras

Salamandra | Características Gerais das Salamandras

Salamandra | Características Gerais das Salamandras

Salamandra-Marmoreada (Ambystoma opacum)

Salamandra-Marmoreada (Ambystoma opacum)A salamandra-marmoreada é uma espécie de salamandra toupeira encontrada no leste dos Estados Unidos. É uma das menores espécies na família Ambystomatidae. Às vezes é chamada de salamandra-de-faixas, por causa de suas faixas transversais cinzentas ou brancas na cabeça, costas e cauda. As faixas das fêmeas tendem a ser cinzas, enquanto as dos machos são mais brancas. Os adultos podem crescer até cerca de 11 cm de comprimento, um pouco pequena em comparação com outros membros de seu gênero.

Como a maioria das salamandras toupeira, ela é secreta, passando a maior parte de sua vida embaixo de troncos ou em tocas. É mais frequentemente encontrada quando se desloca para lagoas de reprodução no Outono.

As salamandras-marmoreadas são encontradas no leste dos Estados Unidos, desde o sul da Nova Inglaterra ao norte da Flórida, e oeste de Illinois e Texas. Seus habitats naturais são matas úmidas, florestas e locais onde a terra é macia e molhada. Áreas sazonalmente inundadas são essenciais para a reprodução, mas as salamandras normalmente não entram na água.

As salamandras adultas se alimentam de invertebrados terrestres, como vermes, insetos, centopéias e moluscos (caramujos, lesmas). As larvas se alimentam de pequenos animais aquáticos (zooplâncton), mas os indivíduos maiores podem se alimentar também de ovos e larvas de outros anfíbios.

Os adultos passam a maior parte de suas vidas no subsolo, e em serapilheira* de profundidade, mas vagueiam à noite, durante a época de reprodução. Os adultos geralmente tendem a sair mais quando chuve e/ou neva.

A reprodução ocorre no outono, normalmente entre Setembro a Dezembro. As fêmeas colocam até 120 ovos embaixo de troncos ou em moitas em áreas baixas que são suscetíveis a inundação durante as chuvas de inverno. Elas cavam uma pequena depressão na terra fofa onde colocam seus ovos. Os ovos eclodem no outono ou no inverno se as chuvas vêm, mas eles podem hibernar e eclodem na primavera seguinte. Os embriões eclodem logo após o ninho estar inundado com a elevação das águas da piscina sazonal.

As salamandras-marmoreadas, como outros membros do gênero Ambystoma, têm um tempo de vida relativamente longo, de 8-10 anos ou mais.

* Serrapilheira, manta morta ou serapilheira é a camada formada pela deposição e acúmulo de matéria orgânica morta em diferentes estágios de decomposição que reveste superficialmente o solo ou o sedimento aquático.

Salamandra-Tigre-do-Leste (Ambystoma tigrinum)

Salamandra-Tigre-do-Leste (Ambystoma tigrinum)

A salamandra-tigre-do-leste mede cerca de 15-20 cm de comprimento, mas pode chegar aos 36 cm, particularmente os indivíduos neotênicos. Os adultos geralmente possuem manchas cinzas, verdes ou negras, e têm olhos grandes. Eles têm focinhos curtos, pescoços grossos, pernas fortes e caudas longas. Sua dieta consiste basicamente de pequenos insetos e vermes, embora não seja raro para um adulto se alimentar de pequenas rãs e filhotes de ratos.

Os adultos raramente são vistos em áreas abertas e muitas vezes vivem em tocas que geralmente estão a 2 m da superfície. Salamandras-tigre são quase totalmente terrestres como adultas e, normalmente, só retornam à água para se reproduzirem. Apesar de as salamandras-tigre serem terrestres, são boas nadadoras.

Como todos os membros da família Ambystomatidae, são extremamente leais ao seu local de nascimento, e viajam longas distâncias para alcançá-los. No entanto, uma única salamandra-tigre tem apenas uma chance de 50% de se reproduzir mais de uma vez em sua vida. Os machos saem em busca de uma fêmea disposta a iniciar o acasalamento, e depois depositam um espermatóforo (uma espécie de cápsula com espermatozóides) no fundo do lago. A fêmea recolhe a cápsula e deposita os ovos agora fertilizados na vegetação.

As larvas são totalmente aquáticas, e são caracterizadas por grandes brânquias externas e uma eminente nadadeira caudal que se origina logo atrás da cabeça. Algumas larvas, especialmente em poças sazonais e no norte, podem se metamorfosear, assim que possível. Outras larvas, especialmente em climas mais quentes, não podem se metamorfosear até o tamanho total de adulto. Essas grandes larvas geralmente são conhecidas como "waterdogs", e são muito utilizadas em iscas de pesca e no comércio de animais de estimação. Algumas populações não podem se metamorfosear completamente e tornar-se sexualmente maduras, enquanto em sua forma larval. Estas são as neotênicas, e são particularmente comuns onde as condições terrestres são ruins.

A salamandra-tigre-do-leste pode ser encontrada na maior parte dos Estados Unidos, sul do Canadá ao norte do México na Sierra Madre Occidental.

Axolote (Ambystoma mexicanum)

Axolote (Ambystoma mexicanum)

O axolote ou axolotle (do náuatle axolotl) é uma espécie de salamandra que não se desenvolve na fase de larva. É um exemplo de animal neoténico, pois conserva durante toda a vida brânquias externas, uma característica do estado larval. Os axolotes são muito usados em laboratório devido à sua capacidade de regeneração.

Um axolote adulto pode medir de 15 a 45 cm, embora o comprimento mais comum seja 23 cm e seja raro encontrar um espécimen com mais de 30 cm.

Os axolotes possuem características típicas do estado larval das salamandras, incluindo brânquias externas e barbatanas caudais desde o final da cabeça prolongando-se por toda a extensão da cauda. As cabeças são amplas e possuem olhos sem pálpebras. Os machos são identificáveis apenas na época de reprodução pela presença de cloacas muito mais pronunciadas e de aspecto redondo.

Ao contrário do que ocorre com seus parentes próximos, como sapos e rãs, que passam a viver na terra quando deixam as formas larvais, os axolotes permanecem na água por toda a vida. O seu único habitat natural consiste dos lagos próximos da Cidade do México, em especial o lago Xochimilco e o lago Chignahuapan, este último no estado de Puebla. No lago Chignahuapan já são bastante raros.

A partir de 2010, axolotes selvagens já estão próximos da extinção devido à urbanização na Cidade do México e da poluição das águas. Peixes não nativos como a tilápia-africana e a carpa-asiática, também foram introduzidos recentemente pelo homem nas águas habitadas pelos axolotes. Estes peixes têm comido os axolotes jovens, bem como a sua principal fonte de alimento. Além disso, a capacidade de regeneração do axolote também traz alguns problemas, uma vez que em certas zonas do México é apreciado em caldos e pela medicina naturista (como vitamínico).

O axolote atualmente está na Lista Vermelha Anual da União Internacional para Conservação da Natureza de espécies ameaçadas.

Axolote é um nome asteca, que numa tradução aproximada significa "monstro aquático", e na mitologia asteca era a evocação do deus Xolotl.

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