Eucalipto (Eucalyptus regnans)

Eucalipto (Eucalyptus regnans)

Eucalipto (Eucalyptus regnans)

O gênero Eucalyptus, com mais de 500 espécies já descritas, é nativo da Austrália, Nova Zelândia, Tasmânia e ilhas vizinhas. Pertence à família das mirtáceas, a mesma do arbusto ornamental conhecido como murta ou mirto, da goiabeira e de espécies frutíferas provenientes da Ásia e de há muito aclimatadas ao Brasil, como o jamelão e o jambo.

Por crescer rapidamente, tolerar cortes sucessivos e fornecer matéria-prima para diversos fins, o eucalipto tornou-se uma das árvores mais comuns em áreas de reflorestamento. Algumas espécies, graças às particularidades de seu sistema de raízes, são capazes de absorver grande quantidade de água de terrenos brejosos, donde seu emprego, também muito comum, em obras de drenagem.

As espécies de eucalipto mais comuns no Brasil, onde a introdução do gênero tomou impulso no início do século XX, atingem de vinte a setenta metros de altura, mas há espécies de porte maior, como Eucalyptus regnans, cujo caule chega a noventa metros, com 7,5m de circunferência na base. A madeira dos troncos e dos galhos mais grossos, muito utilizada em carpintaria, fornece caibros, dormentes de estradas de ferro, postes, mourões para cercas, lenha e celulose para a fabricação de papel.


Com pequenas variações de uma espécie para outra, as árvores são pouco ramificadas e têm a casca grossa, rica em cortiça e quase sempre fendida. As flores de eucalipto, sempre pequenas e geralmente brancas, podem também ser amarelas, cor-de-rosa ou, como em E. ficifolia, de um vermelho intenso. Os frutos são cápsulas que abrigam diminutas sementes e assumem, quando maduros, coloração parda. Os maiores frutos, com cinco a seis centímetros de diâmetro, são provavelmente os de E. macrocarpa.

Glândulas existentes nas folhas de numerosas espécies, como E. salicifolia e E. globulus, excretam essências voláteis que perfumam a atmosfera, tornando-a benéfica para as vias respiratórias. Com as folhas dessas árvores preparam-se produtos ricos em óleo de eucalipto, em cuja composição entram substâncias como o eucaliptol, o geraniol e o citronelol, que lhes conferem propriedades antisépticas, refrescantes, balsâmicas, estomáticas, febrífugas e cicatrizantes. Sob a forma de óleo, chá, extrato alcoólico, pó para cigarros, sabonetes, pomadas, dentifrícios, perfumes, produtos de limpeza, xaropes e balas, o eucalipto é usado para combater resfriados, gripes, tosses, faringites, bronquites, dispepsias, cistites, uretrites, blenorragia e afecções da pele.

Multiplicados em viveiros a partir de sementes, os eucaliptos se desenvolvem com rapidez notável e por volta do quinto ano já permitem um primeiro corte do tronco, para o aproveitamento da madeira, depois do que voltam a vegetar em seguida. As árvores intocadas, quando em condições ideais, aos dez anos podem estar chegando à plenitude. O plantio no Brasil, onde os bosques de eucalipto, resultantes de projetos de reflorestamento, passaram a ocupar grandes áreas devastadas da mata Atlântica, iniciou-se com espécies como E. acmenioides, E. capitellata e E. citriodora, intensificou-se com o emprego de variedades híbridas e generalizou-se por quase todo o país.

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