Gato-do-Mato-Grande (Leopardus geoffroyi)

Gato-do-Mato-Grande (Leopardus geoffroyi

Gato-do-Mato-Grande (Leopardus geoffroyi)

O Gato-do-Mato-Grande (Leopardus geoffroyi) é um felino selvagem das regiões sul e central da América do Sul. É mais ou menos do tamanho de um gato doméstico. Embora a espécie seja relativamente comum em muitas áreas, é considerada "quase ameaçada" pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) devido à preocupação com as mudanças de uso da terra nas regiões onde ele vive.

Os gatos-do-mato-grande são aproximadamente do tamanho de um gato doméstico, com média de 60 cm de comprimento e uma cauda relativamente curta, de 31 cm. Eles pesam cerca de 2-5 kg, embora indivíduos de até 7,8 kg já foram relatados. Em geral, os exemplares encontrados na região sul de sua escala de distribuição são maiores do que os da região norte, e os machos são maiores que as fêmeas.

Sua pele tem inúmeras manchas pretas, mas a cor de fundo varia de região para região: no norte, uma pele marrom-amarelo é mais comum; mais ao sul, a pelagem é acinzentada. Como na maioria dos felinos, os pelos do ventre são mais claros, sendo de cor creme ou mesmo branca. Há faixas escuras na cauda e membros, e marcações semelhantes nas bochechas e na parte superior da cabeça e pescoço. A parte atrás das orelhas é preta, com uma mancha branca. O melanismo é comum tanto na natureza quanto em cativeiro.

Ecologia e distribuição
Gatos-do-mato-grande habitam os Andes, Pampas e a região de Chaco. Eles são encontrados do sul da Bolívia ao Estreito de Magalhães, em altitudes que variam do nível do mar até 3.300 m. Eles preferem ambientes abertos da floresta ou cerrado, mas também são encontrados em pastagens e áreas pantanosas. Embora sejam capazes de subir em árvores, raramente o fazem, a não ser para deixar fezes para marcar seu território com o cheiro.

Apesar de parecer abundante na região central, incluindo a Bolívia, onde é o segundo felino mais comum depois da jaguatirica, é considerado ameaçado em regiões como o sul do Chile.

O gato-do-mato-grande é noturno, e caça principalmente roedores, lebres, pequenos lagartos, insetos e ocasionalmente sapos e peixes; ele está no topo da cadeia alimentar. Como outros pequenos felinos, é um caçador solitário, dificilmente tem contato com outros de sua espécie, apenas durante a época de acasalamento. As fêmeas têm territórios que variam de 2-6 km2, enquanto os machos têm territórios maiores, chegando até 12 km2.

Reprodução
A época de reprodução do gato-do-mato-grande vai de outubro a março. As ninhadas podem consistir de um a quatro filhotes, embora um ou dois sejam mais comuns. A gestação dura de 72-78 dias, e a maioria dos nascimentos ocorrem entre dezembro e maio.

Os filhotes nascem cegos e indefesos, pesando cerca de 65 a 95 g, e se desenvolvem um pouco mais lentamente do que o gato doméstico. Abrem os olhos depois de 8-19 dias, e eles começam a comer alimentos sólidos depois de seis ou sete semanas. Os filhotes tornam-se independentes de sua mãe em torno de oito meses, mas geralmente não são sexualmente maduros até 18 meses para fêmeas e 24 meses para os machos. O período de vida de uma gato-do-mato-grande pode chegar a 14 anos em cativeiro.

Subespécies
    Leopardus geoffroyi geoffroyi - Argentina Central
    Leopardus geoffroyi euxantha - Norte da Argentina, oeste da Bolívia
    Leopardus geoffroyi leucobapta - Patagônia
    Leopardus geoffroyi paraguae - Paraguai, sudeste do Brasil, Uruguai, Norte da Argentina
    Leopardus geoffroyi salinarum - Noroeste e Centro da Argentina

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