Jardim Botânico

Jardim Botânico

Jardim Botânico
Jardim Botânico do Rio de Janeiro

Desde a antiguidade os povos cultivam o prazer de observar e classificar plantas, flores e conjuntos vegetais. Esse hábito, aliado ao fator educativo, levou à criação dos jardins botânicos, difundidos em diversas partes do mundo.

Jardim botânico é uma área verde específica, que abriga uma coleção de plantas organizada com  finalidade científica e educativa. Nos textos de história da botânica há referência a jardins desse tipo no Egito, na China e no Oriente em geral, bem como no México pré-colombiano. Entretanto, o primeiro jardim botânico de que se tem notícia fidedigna foi fundado por Aristóteles. Era ligado ao Liceu, escola criada pelo filósofo. Esse jardim ficou sob a guarda do filósofo e naturalista Teofrasto de Éfeso.

Na Idade Média começaram a surgir, na Europa, os primeiros jardins de cunho utilitário, devido à necessidade de conhecimento e obtenção de drogas vegetais. Em geral localizavam-se nos mosteiros, como o de St. Gallen, na Suíça, e o de Reichenau, na Alemanha. Ainda assim, a ciência da época era mais voltada para o debate e a consulta a livros que para a observação da natureza. Só a partir do Renascimento passou-se a dar mais atenção às plantas do que aos livros que as descreviam. Na primeira metade do século XV, na Itália, começou o revigoramento das ciências da natureza, que se propagou pela Alemanha, França e Países Baixos.

Em Pisa foi fundado o primeiro jardim botânico de conteúdo moderno, por iniciativa do professor de botânica Luca Ghini, da universidade local. Na mesma cidade, o padre Michele Merini, discípulo de Ghini, criou o primeiro herbário da Itália. Em 1547, surgiu o Jardim Botânico de Bolonha, ao qual se seguiu o de Zurique (1560). O Jardim Botânico de Paris foi fundado em 1597 e transformado em Jardim do Rei em 1626. Seguiram-se os de Oxford (1621), Berlim (1679), Edimburgo (1680), Amsterdam (1682), entre outros.

Atualmente, os jardins botânicos cumprem um importante papel como centros de ensino, de organização e manutenção de coleções de plantas cultivadas. Entre os serviços que prestam à comunidade incluem-se exposições e mostras de grupos de vegetais notáveis por alguma peculiaridade. Muitos jardins publicam, anualmente, relações de materiais disponíveis para permuta.
Os Estados Unidos possuem o maior número de jardins botânicos e arboretos do mundo. Os mais conhecidos são o de Missouri, o Arnold Arboretum (ligado à Universidade de Harvard) e o de Nova York. Os países da Europa com maior número de jardins botânicos são Itália, França e Reino Unido. Dentre os jardins botânicos especializados em flora tropical, os de maior interesse são os de Cingapura, Bogor (Indonésia) e, no Brasil, o do Rio de Janeiro.

Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Uma das mais importantes instituições culturais fundadas por D. João VI, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi criado em 13 de junho de 1808, no terreno da fábrica de pólvora que existiu no antigo engenho de Rodrigo de Freitas. Chamava-se Real Horto e destinava-se, inicialmente, à aclimatação de plantas exóticas e cultivo de especiarias. Em 1819, foi anexado ao Museu Real (mais tarde Museu Nacional), ao qual ficou subordinado até 1822.

Figuras ilustres dirigiram a instituição, que ganhou melhoramentos em 1824. O aqueduto foi construído em torno de 1851. Com a república, a partir de 1890, acentuou-se  o caráter de pesquisa científica do órgão, na gestão de João Barbosa Rodrigues, especialista em palmáceas e antigo diretor do Museu Botânico do Amazonas.

O parque do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, com 141 hectares, abriga mais de cinco mil espécies, devidamente classificadas. Além de biblioteca especializada, herbário, carpoteca, xiloteca e um órgão de atendimento ao ensino (o Museu Kuhlmann), possui lagos, estufas e ripados, chafarizes, estátuas -- como a da deusa Ceres, obra de mestre Valentim, a primeira estátua fundida no Brasil -- e prédios históricos. São notáveis as aléias de palmeiras reais, jambeiros, bambus e abricós-de-macaco. Suas principais atividades situam-se no campo da botânica sistemática e da anatomia vegetal.

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