Mamona (Ricinus communis)

Mamona (Ricinus communis)

Mamona (Ricinus communis)

Planta da família das euforbiáceas, a mesma de outras espécies que dão um suco leitoso, como a mandioca e a seringueira, a mamona (Ricinus communis), também chamada rícino ou carrapateira, é de ciclo anual ou semiperene, e de porte baixo (até 1,5m), médio (1,5 a 2m) ou alto (mais de dois metros). As variedades de mamona ora produzem frutos deiscentes, que se abrem quando maduros para deixar cair as sementes, ora indeiscentes. Os frutos são cápsulas espinhentas, com três divisões e uma semente em cada uma. As mamoneiras de porte alto e semiperenes, que duram de três a cinco anos, predominam nas plantações do Norte e do Nordeste, enquanto as de porte médio ou baixo e de ciclo anual, que a cada ano, após a colheita, exigem novo plantio, são mais comuns no restante do Brasil.

Comum em estado silvestre na Etiópia e na Índia, a mamona adaptou-se tão bem ao Brasil que muitas vezes cresce como mato em terrenos baldios. Seu cultivo racional é no entanto feito em larga escala, pela utilidade do óleo extraído de suas sementes.

A propagação, em todos os casos, é feita por sementes. A planta precisa de chuvas regulares durante o crescimento e período seco na fase de maturação dos frutos. Típica de clima tropical e subtropical, desenvolve-se melhor entre 20o e 30o C. Não suporta geadas ou ventos fortes e, em climas mais frios, a produção de óleo é prejudicada.

Colhidas a máquina ou a mão, as sementes ou bagas são depois secas (ao sol ou em secadouros), batidas, ventiladas e classificadas. O óleo é extraído por pressão, a frio (para usos medicinais) ou a quente (para fins industriais). Usado antigamente como purgante (a ricina contém albumina tóxica), esse óleo encontra hoje grande diversidade de aplicações. Por ser viscoso, pouco solúvel em gasolina, ter grande aderência e não deixar resíduos, constitui excelente lubrificante para motores de alta rotação, como os dos aviões.

O óleo de mamona entra ainda em fórmulas de sabonetes, pomadas, tintas e vernizes. O resíduo ou torta, após eliminadas as toxinas, serve de adubo ou forragem. Do óleo decomposto ao calor, ou ao calor combinado com exposição a alcaloides, obtêm-se materiais para a fabricação de perfumes ou ácidos na síntese de plastificantes e resinas.

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