Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba | Rio de Janeiro

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba | Rio de Janeiro

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba | Rio de Janeiro

O Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba é composta por uma faixa de areia de 44 km de extensão parecidas com outras restingas, mas o que a diferencia das demais é o fato de estar localizada numa área de transição ecológica e por possuir lagoas costeiras, que são fonte de matéria orgânica para os oceanos.

A área do parque está localizada em região litorânea e possui aproximadamente 14.860 ha e é considerado um refúgio de muitas espécies de flora e fauna. O parque possui terreno arenoso e a sua maior parte é preservada desde a época do Descobrimento do Brasil. A área abrange as planícies fluviais e planície marinha do litoral dos municípios de Macaé, Quissamã e Carapebus.

Na área do Parque são identificados sete tipos de vegetação como vestígios do sertão nordestino e da Floresta amazônica e as clusias. Também se encontra alguns tipos de orquídeas e bromélias, sendo algumas ameaçadas de extinção.

É uma área importante de refúgio para muitas espécies, entre elas o papagaio chauá, já extinto em outras restingas, espécies endêmicas, como as borboletas e a belíssima borboleta da restinga. Há também aves aquáticas residentes; aves migratórias como os maçaricos de várias espécies; pequenas populações como garças, maguaris, carões, frangos de água, jaçanas, gaviões e outros, a cegonha brasileira, a lontra e o jacaré de papo amarelo.

Objetivos Específicos da Unidade 

Resguardar os atributos ambientais existentes nas restingas da região que abrange ecossistema de menor representatividade no sistema de unidades de conservação.

Área da Unidade
O parque tem 14.860 hectares de restinga, com 44 quilômetros de costa e abriga ainda lagoas costeiras e o Canal Campos-Macaé aberto no século XIX para facilitar o escoamento do açúcar produzido na região.

Aspectos Culturais e Históricos  do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

Antecedentes Legais
Desde a década de 80 ambientalistas e cientistas lutavam para a criação de uma unidade na região de restinga, que vai de Macaé à Quissamã e tem um importante conjunto de lagoas costeiras de elevada importância para a manutenção de rota de aves migratórias, com o intuito de preservar esta última faixa contínua de restinga existente no Rio de Janeiro.

Esta região era habitada pelos índios Goytacases, povo que tinha tradição guerreira. Em Tupi-Guarani, o nome do Parque significa "Terra de Muitas Palmeiras" (gerivá - geribá); encontrando-se também com significado "Terra de Plantas Espinhentas". Em 1844 iniciou-se a construção do canal Campos/Macaé, que levou 27 anos para ser construído, utilizando-se mão-de-obra escrava. Este canal tinha a finalidade de escoar a produção agrícola de Campos através de exportação pelo porto de Macaé. Ele foi utilizado por apenas 4 anos, perdendo sua função com a chegada da ferrovia ao local. Hoje o canal, que é o segundo maior canal artificial do mundo (104 Km de extensão), encontra-se sem uso.

Aspectos Físicos e Biológicos  do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

Clima
A área possui um clima bastante homogêneo, com um tipo climático em que predomina o sub-úmido-seco, com grande excesso de água no verão, megatérmico, com calor bem distribuído todo o ano.

Relevo
A área abrange as planícies fluviais e planície marinha do litoral dos municípios de Macaé, Quissamã e Carapebus. O nível da barragem oscila entre a cota máxima de 568 m até a mínima de 559 m acima do nível do mar. O relevo da área é predominantemente suave ondulado, com amplitude na ordem de 50 m. A borda centro-oriental da "ilha", tem declividade mais acentuada e o perfil longitudinal da rede de drenagem é nitidamente menor do que o da borda centro-ocidental, indicando uma dissimetria do relevo.

Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba | Rio de Janeiro

Vegetação do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

Na área do Parque são identificados dez tipos de formações fisionômicas: Formação praial graminóide (halófila e psamófila reptante), Formação pós-praia (arbustiva fechada de pós-praia), Formação de Clusia (arbustiva aberta de Clusia), Formação de Ericacea (arbustiva aberta de Ericacea), Formação de mata de restinga (mata periodicamente inundada), Formação de mata paludosa (mata permanentemente inundada), Formação de mata de cordão arenoso, Formaçao arbustiva aberta de Palmae, Formação graminóide com arbustos (herbácea brejosa) e Formação aquática.

A formação vegetal, constituída por elementos arbóreos com até 20 m de altura e densidade variável, apresenta-se sob duas feições: Mata Mesofílica e Cerradão.

A primeira ocupa pequena área da Estação, distribuindo-se em manchas esparsas com variações de acordo com a topografia. Esta estrutura apresenta indivíduos arbóreos com porte médio de 18 m, formando um dossel contínuo e emergente, que podem atingir até 25 m de altura, todos com fuste retilíneo.

O Cerradão apresenta porte superior a 9 m, com 4 estratos distintos: o estrato superior com 15 m, um inferior formado por indivíduos de 8 a 10 m, um estrato arbustivo com altura máxima de 3 m e um estrato herbáceo constituído por indivíduos jovens, composto ainda por gramíneas e bromeliáceas.
Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba | Rio de Janeiro

Fauna do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba

É uma área importante de refúgio para muitas espécies, entre elas o papagaio chauá, já extinto em outras restingas, espécies endêmicas, como as borboletas (Menander felsina) e a belíssima borboleta da restinga (Parides ascanius). Há também aves aquáticas residentes; aves migratórias como os maçaricos de várias espécies; pequenas populações (garças, maguaris, carões, frangos d'água, jaçanas, gaviões e outros), a cegonha brasileira (Euxemura maguari), a lontra (Lutra longicondis) e o jacaré de papo amarelo (Caiman latirostris).

Restinga de Jurubatiba

Usos Conflitantes que Afetam a Unidade e seu Entorno

Plantações de Coco, pesca em lagoas, uso público descontrolado. No entorno da unidade existem loteamentos irregulares e queimadas de canaviais.
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