Cão-Selvagem-Africano (Lycaon pictus)

Cão-Selvagem-Africano (Lycaon pictus)

Cão-Selvagem-Africano (Lycaon pictus)
O Cão-Selvagem-Africano (Lycaon pictus) é um dos canídeos mais sociais e distintos do mundo. Seu nome científico reflete a cor da sua pelagem. Lycaon pictus significa literalmente "lobo pintado". A pele parece ser pintada com marrom, vermelho, preto, amarelo e branco. O padrão de cores é diferente em cada animal, como as listras das zebras. Eles têm orelhas grandes e arredondadas, um corpo magro e pernas longas. Medem entre 85 e 141 cm de comprimento e pesam entre 18 e 36 kg. Machos e fêmeas tendem a ser aproximadamente do mesmo tamanho.

São animais altamente sociáveis e apresentam um sistema social muito incomum dentro de suas matilhas, cães do mesmo sexo são intimamente relacionados entre si, mas não com indivíduos do sexo oposto, e apenas o macho e a fêmea dominantes se reproduzem. As matilhas variam de 2 a 27 indivíduos e novas matilhas são formadas quando subgrupos do mesmo sexo (geralmente irmãos) se dispersam e se unem com um subgrupo do sexo oposto. Sua expectativa de vida é de aproximadamente 11 anos na natureza.

Os nascimentos de filhotes podem ocorrer durante todo o ano, embora sejam comuns entre março e junho. O tamanho da ninhada é a maior entre os canídeos, com média de 10 filhotes.

Fora da época de reprodução, os cães-selvagens-africanos são nômades e vagueiam sobre grandes distâncias em busca de presas; seus territórios podem ser muito grandes, mas normalmente se restringem a áreas de menos de 200 km².

Esses cães são caçadores cooperativos, que caçam em grupo liderado pelo macho alfa. Essa estratégia lhes permitem caçar antílopes e ungulados muito maiores do que eles, como gnus e grandes-kudus que podem pesar até 250 kg, bem como garantir o sucesso da caça, que é muito elevada se comparada a outras grandes espécies de carnívoros. As matilhas caçam ao amanhecer e ao entardecer, evitando assim outros predadores como os leões.

Uma vez que localizam a presa começam a persegui-la. A perseguição pode durar por vários quilômetros e atingir velocidades de até 55 km/h. Os cães perseguem a presa até que ela se canse, e muitas vezes começam a comer a presa enquanto ela ainda está viva.

O cão-selvagem-africano tem uma variedade de habitats, incluindo as planícies, planaltos, semi-desertos, savanas arbustivas e bosques. Anteriormente estava presente em toda a África sub-saariana, embora nunca foi abundante localmente. Atualmente está restrito a populações fragmentadas, principalmente no sul e leste da África: África do Sul, Botsuana, Moçambique, Quênia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

Os cães-selvagens-africanos precisam de grandes áreas para suportar populações viáveis e a recente fragmentação de seus habitats tem causado um declínio da população. Tradicionalmente, eles têm uma reputação por atacarem o gado, e apesar disso raramente acontecer na prática, eles são perseguidos sempre que entram em contato com seres humanos. Além disso, os acidentes em rodovias e recentemente a caça se tornaram uma importante causa de mortalidade. Esses cães-selvagens são suscetíveis à doença, particularmente as desenvolvidas por cães domésticos. Uma outra ameaça que mantém as populações de cães-selvagens-africanos baixas é a competição e a predação com outros grandes carnívoros da savana africana, como leões e hienas.

Fontewww.terraselvagem.com
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