Dendê (Elaeis guineensis)

Dendê (Elaeis guineensis)

Dendê (Elaeis guineensis)

Palmeira oleaginosa da subfamília das ceroxilíneas, o dendê ou dendezeiro (Elaeis guineensis) tem o estipe quase preto e atinge de 15 a 20m de altura. Seu crescimento é lento e as folhas levam até sete anos para chegar ao tamanho máximo, que oscila em torno de cinco metros. As flores masculinas e femininas reúnem-se em inflorescências separadas. A polinização é feita pelo vento.

Nativo da África ocidental e introduzido no Brasil pelos portugueses, o dendê encontrou condições propícias a sua aclimatação e se desenvolveu principalmente no litoral baiano, entre Ilhéus e Salvador. Hoje não só é cultivado, como cresce de maneira espontânea em vários dos estados mais quentes do país.

Os frutos são pequenos cocos, de cerca de quatro centímetros de comprimento por 2,5cm de diâmetro, com polpa avermelhada e semente muito dura, que se aglomeram em grandes cachos. O dendê começa a frutificar por volta dos cinco anos e chega pouco antes dos vinte à fase de produção mais intensa. Uma palmeira pode dar até quatro cachos por ano, cada qual com cerca de 500 cocos em média.

O dendê fornece dois tipos de óleo: o óleo de palma ou azeite-de-dendê, chamado ainda de azeite-de-cheiro, e o óleo de amêndoa. O azeite-de-dendê, composto de palmitina, oleína, linolina, estearina e ácido palmítico, é de cor avermelhada e sabor adocicado. Ingrediente tradicional da cozinha afro-brasileira, entra no preparo de pratos baianos como o vatapá e o caruru. Tem também diversas aplicações industriais, como matéria-prima para a fabricação de sabão, velas, graxas e lubrificantes e como protetor, na indústria siderúrgica, da folha-de-flandres (lata) e de chapas de aço.

O óleo da amêndoa, obtido por esmagamento das sementes em prensas, é usado na fabricação de margarina, chocolate e remédios. É esbranquiçado ou levemente amarelo, finíssimo, sem sabor ou meio amargo, com baixa proporção de ácidos graxos. Na Bahia é chamado xoxô e usado para amaciar o cabelo.

O palmito é comestível, as folhas servem para trançados e a seiva dá o vinho de palma, muito comum na África ocidental. O resíduo da extração do óleo da amêndoa dá uma torta que serve de alimento ao gado, que tem a propriedade de aumentar a secreção láctea.

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