CIGANA, AVE DA FAMÍLIA OPISTHOCOMIDAE


CIGANA (OPISTHOCOMUS HOAZIN), AVE DA FAMÍLIA OPISTHOCOMIDAECigana (Opisthocomus hoazin), Ave da Família Opisthocomidae

Família: Opisthocomidae
Espécie: Opisthocomus hoazin
Comprimento: 62 cm
Peso: 800 g.

Presente em algumas regiões da Amazônia e do alto Rio Paraguai. Encontrada também nas Guianas, e da Venezuela à Colômbia e Bolívia. Em nosso País, era abundante em aningais da Amazônia, que são áreas alagadas com grandes concentrações da planta aninga (da mesma família do antúrio). Porém, próximo às grandes cidades amazônicas, a espécie foi bastante perseguida por sua carne e seus ovos, o que fez com que se tornasse extinta ou muito escassa nestas regiões. Além dos aningais, vive em margens de rios e lagos, manguezais e alagados. Alimenta-se de folhas novas, flores e frutos de aninga, siriúba (uma planta do mangue), embaúba (planta pioneira que cresce em locais de muito sol), aguapé (plantas aquáticas flutuantes) e capim novo. Para digerir esse material duro, a cigana possui um interessante sistema de papos fortíssimos, responsável pela trituração mecânica do alimento. Os papos chegam a ser até 50 vezes maiores que o estômago do animal e a digestão da massa de folhas é auxiliada por bactérias simbióticas, como acontece nos mamíferos ruminantes (como o gado). Vive aos pares, que por sua vez se agregam em bandos de até 50 indivíduos fora do período reprodutivo. Desajeitada, movimenta-se lentamente, na maior parte do tempo em emaranhados de vegetação e galhos próximos ou sobre a água, onde cai com certa freqüência. Ativa tanto de dia como de noite. Forma colônias espaçadas durante o período reprodutivo, construindo pequenos ninhos achatados, de gravetos, entre 2 e 8 m acima da água. Põe de 2 a 5 ovos alongados, de cor creme-rosada, manchados de lilás, azul ou marrom. Acredita-se que vários membros do bando participem coletivamente da incubação dos ovos, período que dura cerca de 30 dias, bem como dos cuidados com os filhotes. Conhecida também como jacu-cigano, hoa-zim, cigano, aturiá e catingueira, em função do odor desagradável que exala, resultante da fermentação da matéria vegetal durante a digestão.




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