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Polvo (Octopus vulgaris)
Polvo (Octopus vulgaris)

Características: O Polvo (Octopus vulgaris) é uma espécie de molusco marinho com grande cabeça que abriga um cérebro desenvolvido, além de oito braços, cada um provido de duas fileiras de ventosas. Olhos grandes e complexos, dotados de cristalino, o que proporciona uma visão bastante aguçada. Pode atingir um tamanho de até 1 m de comprimento. Pode assumir diversas colorações, mimetizando-se de maneira bem rápida no meio ambiente.
Habitat: mares.
Ocorrência: águas tropicais e temperadas de todo o mundo.
Hábitos: passam grande parte de sua vida escondidos em uma toca natural entre as rochas ou escombros. Quando atacado ou quando se sente em perigo, o polvo aspira uma grande quantidade de água e expele-a logo em seguida por um sifão, que funciona como uma turbina, e que permite que o polvo fuja em grande velocidade. Esta fuga é geralmente oculta por uma nuvem de tinta. A substância expelida pelo polvo para defender-se é de coloração escura. Tem a faculdade de eriçar a pele, que é ordinariamente lisa, apresentando agudos aguilhões sendo que, inofensivos, não passam de perfeitas simulações.

Predadores naturais: peixes como as moreias.
Ameaças: pesca predatória e poluição.
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Mexilhão (Perna perna)
Mexilhão (Perna perna)
Características: O Mexilhão (Perna perna) é um molusco marinho, comestível, que atinge 5,5 cm de comprimento, bivalve, com duas conchas alongadas, de coloração escura e nuances azuladas metálicas. O manto é o tecido que reveste internamente a concha do animal, delimitando um espaço vazio interno onde estão os órgãos. Ventralmente há uma abertura transversal por onde a água entra (sifão inalante) e é eliminada por outra abertura na parte posterior superior (sifão exalante). Os mexilhões são organismos onde a formação dos gametas se dá em toda a extensão do manto, além do mesossoma. O conjunto de fibras de escloroproteína que fixa os mexilhões ao substrato e permite a permanência do animal mesmo em presença de fortes ondas é denominado "bisso". Originado pela glândula bissal, ligada diretamente ao conjunto de 3 pares de músculos e a parede interna das valvas, é constituído de material córneo e fixado com auxilio do pé.
Habitat: região entre-marés (do supralitoral inferior até profundidades de 19 metros).
Ocorrência: em toda a costa brasileira.
Hábitos: fixa-se a rochas ou qualquer estrutura dura (sólida) imersa.

Reprodução: O ciclo sexual do mexilhões pode, através do aspecto e coloração, ser observado e diferenciado em 3 estágios:
Estágio I - animais imaturos, folículos das gônadas pouco desenvolvidos e manto incolor;
Estágio II - animais em maturação, folículos já visíveis permitindo a observação da cor do manto diferenciando o branco dos machos do salmão das fêmeas;
Estágio III - animais maturos, passando a repetirem as seguintes fases: a - plenitude da maturação, folículos repletos ; b - eliminação do material gâmico, esvaziamento dos folículos e aspecto inconsistente do manto; c - restauração das gônadas, folículos em desenvolvimento e manto apresentando esboços de branco ou alaranjado.
Após a expulsão dos gametas, que ocorre simultaneamente na população, há a fecundação externa, diretamente na coluna d'água. Cerca de 6 horas após a fecundação, são formadas as larvas trocóforas com 45 micrômetros de tamanho (0,045 mm). Depois de 24 horas a larva se transforma numa larva do tipo véliger ou larva "D", com cerca de 115 micrômetros (0,115 mm), seguida por uma veliconcha de 175 micrômetros (0,175 mm). Após 37 dias, esta larva passa para o estágio de pedivéliger (com vélum e pé), quando possuem fototropismo negativo e geotropismo positivo, procurando um local adequado para sua fixação.
Predadores naturais: o buzo ou búzio Stramonita (=Thais) haemastoma e o "caramujo-peludo" Cymatium parthenopeum parthenopeum , diferentes estrelas-do-mar e o siri Callinectes danae . Os competidores dos mexilhões em cultivo constituem praticamente a totalidade da fauna das redes, pois esta comunidade é constituída basicamente de organismos filtradores (Jacobi, 1985). Devido à sua abundância e alta taxa de crescimento, as cracas se destacam dos demais organismos filtradores. Já as ascídias e os briozoários coloniais prejudicam os mexilhões por recobrirem as valvas afetando o seu desenvolvimento e o aspecto do produto. São poucos os comensais de mexilhões, destacando-se o pequeno caranguejo Pinnotheres maculatus e o poliqueta Polydora websteri . O verme da família Bucephalidae , na sua fase de cercária, ocorre no manto de mexilhões, comprometendo o desenvolvimento dos gametas e consequentemente a produção. Segundo Umiji (1975) este parasita ocorre em diferentes estados de desenvolvimento, principalmente em mexilhões com maior tempo de imersão. Pode haver uma infestação média de 5 % e de até 20% dos indivíduos em determinadas épocas do ano.
Ameaças: poluição e destruição de bancos naturais pela coleta predatória.
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Caramujo (Biomphalaria glabrata)
Caramujo (Biomphalaria glabrata)
Características: O Caramujo (Biomphalaria glabrata) é uma espécie de molusco pulmonado. É hospedeiro do verme parasita Schistosoma mansoni, causador da doença chamada esquistossomose, introduzido no Brasil colônia por africanos. Este parasito encontrou alta suscetibilidade por parte de Biomphalaria glabrata sendo, portanto, o mais importante transmissor da doença. concha espiral em um plano, forma característica da qual o nome da família foi derivado. Mede de 3 a 4 cm de diâmetro e apresenta uma depressão central em cada face da concha amarronzada.
Habitat: ambientes dulciaquícolas, principalmente em canais e valas de irrigação e em pequenos cursos de água.
Ocorrência: sudeste da Bahia, norte do Espírito Santo e centro-leste de Minas Gerais. Ocorrem em menor número nas zonas quentes e úmidas de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Há notícias de que recentemente foram introduzidos em algumas regiões dos Estados Unidos.
Hábitos: pode colonizar grande rios e lagoas, mas a correnteza e pequenas ondas formadas pelos ventos dificultam sua vida nestes locais.

Alimentação: herbívoro. Alimentam-se de algas finas de água doce, tais como as algas-pardas, e das partes macias das plantas vasculares aquáticas.
Reprodução: é hermafrodita e dispõe de ao menos quatro opções de reprodução: (1) autofecundação, (2) fecundação cruzada, (3) transferência de certa quantidade de seus espermetazóides a um parceiro e (4) fertilização dos óvulos de um parceiro com espermatozóides recebidos de outro. Dezenas de ovos envolvidos por uma capa protetora são depositados sob as folhas de plantas aquáticas, geralmente à noite. O desenvolvimento é direto.
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Caracol (Connus pannaeus) é o Animal Mais Venenoso do Mundo
Caracol (Connus pannaeus) é o Animal Mais Venenoso do Mundo
O Caracol-do-cone (Connus pannaeus) tem um veneno que é um coquetel de moléculas peptídicas neurotóxicas. Essa espécie de caracol, cujo nome científico é Connus pannaeus possui um veneno poderosíssimo formado por centenas de compostos, muitos deles encontrados até em venenos de cobra. Possui um substância que é particularmente centenas de vezes mais potente que a morfina. Pesquisas revelam que apenas uma gota do veneno desse “dócil” animal é suficiente para matar 20 pessoas adultas.Apesar de terrível ele não é uma descoberta científica recente, a cerca de 25 anos os cientistas da Universidade de Utah isolaram a molécula do veneno desse caracol e constataram que possuía um poder analgésico nos humanos. Os estudos não pararam por aí, esse só foi o ponta pé inicial de uma série de estudos que duraram mais de 20 anos para conseguirem sintetizar em laboratório o mesmo composto que atualmente é utilizado em um novo fármaco, chamado de Prialt (princípio ativo é a ziconotida).
Umas das grandes vantagens desse novo medicamento é seu absurdo poder analgésico, sendo classificado como mil vezes mais potente que a morfina. O grande problema da morfina é o seu poder de viciamento por ser uma molécula opióide, derivado de ópio. Já a ziconotida não possui efeito viciante.
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Caracol-do-cone (Connus pannaeus) |
Muitas das moléculas que compõem o seu veneno ainda não possuem estudos que provem ou indiquem suas respectivas ações, porém, existem cerca de 6 tipos de toxinas que são bastante estudadas e suas ações no corpo humano são completamente elucidadas.
O veneno pode ser retirado dos caracóis mortos ou com o caracol vivo. O grande problema de se retirar sua glândula após a morte é que dentro dela possui uma infinidade de milhares de compostos que muitas vezes não são usados pelo caracol para matar a presa e isso dificuldade a isolação dos principais princípios ativos. Já a retirada do veneno do caracol vivo também é complicado porque não é fácil lidar com um animal grande, extremamente perigoso e que não libera as toxinas facilmente. A ação de suas neurotoxinas nos faz pensar que suas vítimas (moluscos e peixes) não sintam dor. Como a inserção do veneno na presa é de forma rápida, paralisando-o eficazmente e, logo em seguida, a ação poderosa de seus analgésicos entram em ação, a presa poderá ser engolida e se sentir nas nuvens por estar sob ação alucinógena e analgésica.
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Lulas Gigantes no Japão
Lulas Gigantes no Japão
As redes de TV japonesa "NHK" e a americana "Discovery Channel" conseguiram gravar pela primeira vez nas profundezas marinhas a lula gigante, um dos animais mais misteriosos do mundo, informou na segunda-feira (7 de janeiro de 2013) a rede pública japonesa.
Uma equipe de ambas as televisões, com a colaboração de membros do
Museu Nacional japonês de Ciência e Natureza, filmou o animal a cerca de
15 quilômetros a leste da ilha japonesa de Chichijima, a cerca de mil
quilômetros ao sul de Tóquio.
Os membros da equipe usaram um submersível que captou as imagens no
verão passado a uma profundidade de 630 metros, graças a uma câmera de
alta definição.
O animal captado tem cerca de três metros de comprimento, embora não
tenha seus dois tentáculos mais proeminentes, por isso que se acredita
que originalmente podia medir oito ou nove metros.
No vídeo, que poderá ser visto no Japão no dia 13 de janeiro e posteriormente nos EUA em 27 de janeiro, o exemplar se alimentou de uma isca colocada pela equipe.
As imagens captam de perto os enormes olhos do animal e suas ventosas,
de cerca de 5 centímetros de largura, segundo revelou a "NHK".
Acredita-se que o vídeo possa ajudar a mostrar comportamentos deste
lendário animal, do qual até agora só existia gravações de exemplares
capturados.
Com três corações, uma visão cem vezes mais potente que a do ser humano
e um cérebro muito desenvolvido, este mítico gigante permaneceu até o
momento oculto nos abismos marítimos.
Acredita-se que se trata do maior invertebrado do mundo, já que pode
chegar a alcançar uma tonelada de peso e em torno de cerca de 20 metros
de comprimento.
A lula gigante vive aparentemente em profundezas entre os 400 e os
1.500 metros sob a superfície do mar, onde a pressão é muito elevada e a
luz do sol praticamente inexistente.
Lulas Voadoras São Fotografadas no Japão
Lulas Voadoras São Fotografadas no Japão
Animais usam jato de água para tomar impulso e voam por cerca de 30 m.Pesquisa foi publicada na revista científica 'Marine Biology'. As lulas voadoras conseguem voar a mais de 11 metros por segundo para fugir de seus predadores. Elas foram descritas por pesquisadores da Universidade de Hokkaido, no Japão, responsáveis por publicar um estudo sobre os animais na última edição da revista científica "Marine Biology".
Os moluscos posicionam suas nadadeiras como asas e se lançar no ar
usando jatos de água sob pressão, afirma o pesquisador Jun Yamamoto, um
dos autores do estudo. "Até agora, só havia testemunhos e rumores.
Ninguém sabia exatamente como estes animais faziam para voar, mas
finalmente temos provas", afirmou ele.
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Lulas voadoras chegam a percorrer 30 metros no ar após obter impulso com jato d'água (Foto: Kouta Muramatsu/Hokkaido University/AFP) |
A velocidade dessas lulas chega a ser maior que a do homem mais rápido
do planeta: Usain Bolt percorreu 10,31 metros por segundo durante os
Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
Como mísseis
Uma imagem, registrada em julho de 2011, mostra cerca de 20 lulas voando em formação. Naquela época, Yamamoto e sua equipe encontraram um grupo de cem animais no Oceano Pacífico, numa região a 600 km de Tóquio. Quando o barco se aproximou, os pequenos moluscos de 20 centímetros lançaram jatos de água e dispararam pelo ar, como mísseis.
Uma imagem, registrada em julho de 2011, mostra cerca de 20 lulas voando em formação. Naquela época, Yamamoto e sua equipe encontraram um grupo de cem animais no Oceano Pacífico, numa região a 600 km de Tóquio. Quando o barco se aproximou, os pequenos moluscos de 20 centímetros lançaram jatos de água e dispararam pelo ar, como mísseis.
"Depois de lançarem um jato de água, elas começaram a voar graças a
suas nadadeiras", diz um relatório da equipe do cientista. Segundo ele,
os animais são capazes de permanecer no ar por cerca de três segundos,
percorrendo uma distância de aproximadamente 30 metros.
"Ao cair, elas [as lulas] recolhem as nadadeiras para amortecer o
choque, e entram na água de forma aerodinâmica", afirma o relatório.
"Também descobrimos que o animal não se limita a sair da água, também
tem uma posição aerodinâmica muito elaborada para voar."
A lula plana para fugir de possíveis predadores, mas, segundo os
autores do estudo, o fenômeno também pode colocá-la à mercê de pássaros
marinhos.
Há apenas um mês, outro grupo de cientistas japoneses anunciou haver
filmado pela primeira vez uma lula gigante, no Oceano Pacífico, a 900
metros de profundidade.
O mítico molusco, de cor prateada, foi filmado em 10 de julho de 2012
por uma equipe do Museu Científico Nacional japonês, em colaboração com a
emissora japonesa NHK, que é pública, e o Discovery Channel.
Sépia do Atlântico (Sepia officinalis)
Sépia do Atlântico (Sepia officinalis)

Habitat: infralitoral, sobre a areia, em baías e estuários, por vezes entre ervas-do-mar.
Ocorrência: em todo o litoral do Brasil.

Hábitos: expele líquido negro turvando a água e ocultando-se assim dos seus inimigos. Durante séculos sua tinta forneceu o pigmento sépia dos pintores. Capaz de mudar a cor rapidamente, especialmente quando ameaçados, podendo também adotar a cor ao padrão do ambiente que o rodeia.
Predadores naturais: gaivota.
Ameaças: pesca predatória e poluição.
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Ostra Japonesa (Crassostrea gigas)
Ostra Japonesa (Crassostrea gigas)
Características: A Ostra Japonesa (Crassostrea gigas) é a principal espécie de ostra cultivada no litoral brasileiro. O corpo mole, protegido externamente por uma concha, que apresenta duas valvas: a valva superior ou direita, que é plana; e a valva inferior ou esquerda, que é levemente côncava ou abaulada. A junção entre as duas valvas é feita com auxílio do músculo adutor e também através de um ligamento situado na região posterior. Esta concha é constituída principalmente por carbonato de cálcio, que é retirado diretamente da água do mar com auxílio de células especializadas localizadas no manto. O manto é a camada de tecido que recobre as partes moles de ambos os lados do corpo, com exceção do músculo adutor. Além de conter as células responsáveis pela formação da concha, o manto também apresenta funções sensoriais. O corpo, que é a parte mole do organismo, é constituído além do manto, pelas brânquias, palpos labiais, coração (pericárdio), massa visceral (órgãos do aparelho digestivo, reprodutor e excretor) e pelo músculo adutor. As brânquias apresentam a função de realizar as trocas gasosas (respiração) e a captura do alimento. Devido à grande superfície branquial que se encontra constantemente úmida, as ostras podem resistir a longos períodos fora da água. É um molusco valioso, importante para os pescadores, porque sua carne é considerada iguaria.
Habitat: no Brasil, como é uma espécie cultivada, a ostra é encontrada em ambientes estuarinos, ao longo de baías, sempre longe da poluição.
Ocorrência: litoral do sudeste e sul do Brasil. É uma espécie exótica com origem no Japão.

Alimentação: são organismos filtrantes, alimentando-se de microalgas e matéria orgânica particulada. Os valores de filtração de cada ostra geralmente ficam em torno de 5 a 25 litros/hora.
Reprodução: são organismos dióicos, ou seja, apresentam o sexo separado. Porém, externamente, não é possível diferenciar o macho da fêmea, pois ambos apresentam a gônada (órgão sexual masculino ou feminino) com a mesma coloração. A diferenciação sexual somente é possível através de raspagem da gônada e análise do material em microscópio, pois os ovócitos apresentam o formato arredondado e os espermatozóides se mostram como uma massa compacta. O desenvolvimento gonadal (maturação) é influenciado por fatores externos como luminosidade, salinidade e, principalmente, pela temperatura e disponibilidade de alimento. Durante a desova, o esperma é lançado pelo canal exalante (lado direito das ostras), de uma forma contínua. Este processo é semelhante a uma "fumaça de cigarro", pois o músculo adutor permanece relaxado, facilitando com isso a desova. A fêmea, por sua vez, apresenta um comportamento distinto, pois desova lançando os ovócitos contra o canal inalante (lado esquerdo das ostras) em jorros abruptos. Sendo uma espécie exótica, sua reprodução e desenvolvimento larval devem ser realizados em ambientes controlados (laboratório). A fecundação é externa, ou seja, o contato entre o espermatozóide e o ovócito ocorre na água. O óvulo fecundado sofre os processos de clivagem após 2 horas, evoluindo para os estágios de mórula, blástula e gástrula (6 horas). Após 12 a 16 horas, a larva já apresenta capacidade natatória através de uma coroa de cílios, sendo então denominada de trocófora. A larva continua seu desenvolvimento e após 24 horas surge uma larva transparente, medindo entre 61 e 72 micrômetros (0.061 a 0,072 milímetros) em forma de "D", possuindo uma coroa ciliada denominada vélum, sendo denominada larva veliger de charneira reta ou larva "D". Com o tempo o formato "D" desaparece (6 dias) ocorrendo a formação do umbo, que se completa totalmente ao redor do décimo quarto dia. Neste momento, a larva apresenta uma forma arredondada e um vélum bastante desenvolvido, sendo denominada de " véliger umbonada ", e apresentando o tamanho aproximado de 230 a 240 micrômetros (0,230 a 0,240 milímetros). A larva continua a se desenvolver, e por volta do décimo sétimo dia surge uma "mancha-ocular" e um pé, sendo a larva denominada "pedivéliger", com tamanho médio de 280 micrômetros. Quando a larva apresenta o pé completamente desenvolvido e passa a medir aproximadamente 300 micrômetros, ela abandona a coluna d'água e dirige-se ao fundo em busca de um substrato adequado para completar a sua metamorfose. Neste estágio, as ostras no ambiente natural procuram rochas ou raízes de mangue para se fixarem. Em laboratório a fixação das ostras ocorre em pó de concha moída, pratos plásticos ou em conchas de moluscos. A duração deste ciclo depende do substrato disponível e da temperatura da água do mar. A uma temperatura de 25º C este ciclo dura em torno de 21 dias.
Predadores naturais: pequenos caranguejos da família Porcellanidae e, principalmente, os platelmintos dos gêneros Stylocus e Pseudostylochus , conhecidos popularmente como planária ou lesma do mar. Os gastrópodes Thais (Stramonita) haemastoma e Cymatium parthenopeum parthenopeum , conhecidos popularmente como buzo e caramujo peludo, respectivamente, também causam mortalidades expressivas nas ostras juvenis e adultas. O siri azul Callinectes sapidus preda as ostras quebrando as conchas com auxílio de suas quelas (garras). As estrelas-do-mar atacam as ostras abrindo as valvas com auxílio de seus braços. Alguns peixes da família Scianidea (Pogonias chromis ), o baiacú ( Spheroides testudineus ) e os sargos ( Arcosargus probatocephalus ) apresentam o hábito de se alimentar de mexilhões, podendo também atacar as ostras. Organismos competidores como cracas, ascídeas e esponjas, apresentam os mesmos hábitos alimentares que as ostras. Além disso, competem por espaço e oxigênio. As cracas são os principais competidores das ostras, apresentando picos de incrustações mais pronunciados durante a primavera e verão. Fixam-se nas lanternas de cultivo e principalmente nas conchas, distribuindo-se em densas aglomerações, o que prejudica o crescimento das ostras e o aspecto do produto para comercialização. Os parasitas são organismos que utilizam o corpo das ostras para sobreviverem, podendo algumas vezes até provocar a morte. Destaca-se a espécie de poliqueta Polidora wesbsteri que se fixa externamente na ostra, realizando uma perfuração nas valvas. Quando atinge a porção interna da concha a ostra começa a produzir uma nova camada nacarada para se proteger deste ataque, formando "bolhas de lodo" (detalhe na figura) no interior da concha, prejudicando sua aparência interna e depreciando o seu valor comercial. Muitas vezes esta camada protetora não é suficiente e a perfuração atinge o músculo das ostras causando a sua mortalidade. Outro organismo perfurador das conchas de ostras é o mitilídeo Litophaga patagonica. Trematodas do gênero Bucephalus e as bactérias patogênicas do gênero Nocardia foram observados nas gônadas das ostras, interferindo na reprodução destes organismos. Além disso, a presença das bactérias foi associada ao fenômeno de mortalidade massiva de verão.
Ameaças: poluição e roubo nas unidades de produção.
Fonte: Vivaterra
Ostra do Mangue (Crassostrea rhizophorae)
Ostra do Mangue (Crassostrea rhizophorae)
Habitat: estuários e mangues.
Ocorrência: do Caribe até Santa Catarina.
Hábitos: estuarinas que se fixam nas raízes de mangue, tipicamente nas raízes aéreas do mangue vermelho (Rhizophora mangle), podendo formar agregados submersos (bancos). Suportam variedade de salinidade e amplitude de maré.
Alimentação: organismo filtrador, que se alimenta principalmente de fitoplâncton.

Predadores naturais: pequenos caranguejos da família Porcellanidae e, principalmente, os platelmintos dos gêneros Stylocus e Pseudostylochus , conhecidos popularmente como planária ou lesma do mar. Os gastrópodes Thais (Stramonita) haemastoma e Cymatium parthenopeum parthenopeum , conhecidos popularmente como buzo e caramujo peludo, respectivamente, também causam mortalidades expressivas nas ostras juvenis e adultas. O siri azul Callinectes sapidus preda as ostras quebrando as conchas com auxílio de suas quelas (garras). As estrelas-do-mar atacam as ostras abrindo as valvas com auxílio de seus braços. Alguns peixes da família Scianidea (Pogonias chromis), o baiacú (Spheroides testudineus) e os sargos (Arcosargus probatocephalus) apresentam o hábito de se alimentar de mexilhões, podendo também atacar as ostras.
Ameaças: poluição, destruição de bancos naturais pela cata predatódia, destruição do habitat e roubo nas unidades de produção.
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Lula (Loligo vulgaris)
Lula (Loligo vulgaris)

Características: A Lula (Loligo vulgaris) tem corpo alongado. O comprimento do corpo dos machos é de aproximadamente 35 cm, podendo chegar a 50 cm, e o das fêmeas, 22 cm. C abeça com dois grandes olhos, situados lateralmente, boca central rodeada por tentáculos ou braços, estes constituem 5 pares, sendo e menores mais grossos com numerosas ventosas no lado interno. Os dois tentáculos restantes são bem mais longos, apresentando ventosas apenas nas extremidades dilatadas. Os tentáculos tem a propriedade de alongar-se ou retrair-se, até ficarem quase ocultos. Logo após o pescoço há uma espécie de funil muscular chamado sifão. O resto do corpo é delgado, cônico, com uma nadadeira triangular ao longo de cada lado da extremidade afilada , as quais equilibram o animal durante a natação. Coloração variável, frequentemente rosa-esbranquiçada, pintalgada de púrpura ou castanho na parte dorsal. É comestível.
Habitat: mares, raramente encontrada perto da costa.
Ocorrência: toda a costa brasileira.
Hábitos: pelágica. Emite jatos de tinta, como os demais cefalópodes, quando provocada, obscurecendo o meio e dificultando a ação de predadores. Deslocam-se rastejando ou nadando. No primeiro caso utilizando os braços com suas ventosas, no segundo usando as nadadeiras que também servem como leme de altitude. Desloca-se rapidamente, expelindo água. Nadam velozmente através da propulsão produzida por um jato de água expelido por um sifão próximo à cabeça e pelo movimento dos braços. A água utilizada para respiração penetra na cavidade paleal através de uma abertura situada entre o manto e o corpo na região do pescoço. Por contração enérgica do manto a água da cavidade paleal é expulsa em sentido oposto. O sifão pode curvar-se para trás, mudando a direção de deslocamento do animal.
Alimentação: carnívoros, principalmente peixes e crustáceos. Lançam os tentáculos sobre a vítima, agarrando-a com rapidez e colocando-a naquele ninho de braços, matam-na com o poderoso bico de papagaio que fica no centro.

Reprodução: são dióicas, ou seja, cada indivíduo produz apenas um tipo de gameta (espermatozoide ou óvulo). A fecundação pode ser interna, na cavidade paleal, ou externa, mas sempre há cópula. Durante a cópula o hectocótilo transfere os espermatozoides envoltos em uma cápsula gelatinosa (espermatóforo) para a cavidade paleal da fêmea. O desenvolvimento é externo e direto, ou seja, do ovo surge um novo indivíduo semelhante ao adulto.
Ameaças: pesca predatória e poluição.
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Habitat: mares, raramente encontrada perto da costa.
Ocorrência: toda a costa brasileira.
Hábitos: pelágica. Emite jatos de tinta, como os demais cefalópodes, quando provocada, obscurecendo o meio e dificultando a ação de predadores. Deslocam-se rastejando ou nadando. No primeiro caso utilizando os braços com suas ventosas, no segundo usando as nadadeiras que também servem como leme de altitude. Desloca-se rapidamente, expelindo água. Nadam velozmente através da propulsão produzida por um jato de água expelido por um sifão próximo à cabeça e pelo movimento dos braços. A água utilizada para respiração penetra na cavidade paleal através de uma abertura situada entre o manto e o corpo na região do pescoço. Por contração enérgica do manto a água da cavidade paleal é expulsa em sentido oposto. O sifão pode curvar-se para trás, mudando a direção de deslocamento do animal.
Alimentação: carnívoros, principalmente peixes e crustáceos. Lançam os tentáculos sobre a vítima, agarrando-a com rapidez e colocando-a naquele ninho de braços, matam-na com o poderoso bico de papagaio que fica no centro.

Reprodução: são dióicas, ou seja, cada indivíduo produz apenas um tipo de gameta (espermatozoide ou óvulo). A fecundação pode ser interna, na cavidade paleal, ou externa, mas sempre há cópula. Durante a cópula o hectocótilo transfere os espermatozoides envoltos em uma cápsula gelatinosa (espermatóforo) para a cavidade paleal da fêmea. O desenvolvimento é externo e direto, ou seja, do ovo surge um novo indivíduo semelhante ao adulto.
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Lesma do Mar (Aplysia dactylomela)
Lesma do Mar (Aplysia dactylomela)
Características: A Lesma do Mar (Aplysia dactylomela) apresenta brânquias na parte posterior do corpo. Têm cabeça bem desenvolvida, provida de um ou dois pares de tentáculos. Podem apresentar uma concha interna e uma cavidade posterior reduzida, onde se encontram as brânquias (cavidade paleal) ou não apresentar concha nem cavidade paleal, tendo as brânquias expostas. Tem simetria bilateral e tamanho próximo a 15 cm de comprimento. Apresenta cabeça com dois pares de tentáculos. Sua cor é amarelo-esverdeada, com manchas negras esparsas. A concha desta espécie apresenta tamanho reduzido e não é visível externamente pois é encoberta por uma dobra delgada da epiderme, denominada manto.
Habitat: mares.
Ocorrência: no Brasil, ocorre de Fortaleza a São Paulo.

Alimentação: herbívora, alimentando-se de algas, sobretudo do gênero Ulva (alface-do-mar).
Reprodução: hermafrodita, e sua cópula promove troca mútua de espermatozóides. Os ovos são depositados dentro de cordões gelatinosos amarelos, que ficam presos entre as algas ou em outro substrato e o desenvolvimento é direto.
Ameaças: poluição e destruição do habitat.
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Molusco Coquille Saint Jacques (Nodipecten nodosus)
Molusco Coquille Saint Jacques (Nodipecten nodosus)

Habitat: mares.
Ocorrência: litoral brasileiro.
Alimentação: filtrador (plâncton).
Predadores naturais: búzios, peixes, moluscos, cracas.
Ameaças: poluição, destruição do habitat, pesca predatória e roubo nas unidades de produção.
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Caracol (Helix aspersa)
Caracol (Helix aspersa)
Características: o Caracol (Helix aspersa) é um molusco terrestre, de concha relativamente fina, que não deve ser confundido com o caramujo (concha mais grossa e de ambiente aquático). Mede entre 28 e 35 mm e pesa em torno de 8 a 12 g. Concha geralmente escura, embora existam variedades cujas conchas são mais claras e até unicolores, em uma variedade de concha amarelada sem faixas. As estrias de crescimento são pouco visíveis e as faixas espirais são bem escuras e destacadas na variedade padrão. A concha não possui umbigo. Também conhecido como escargot ou Petit Gris. Muito apreciado para fins culinários, pois sua carne é saborosa e rica em proteínas, segundo os especialistas. Por isso é a espécie mais criada em cativeiro. A helicicultura ou criação de escargots no Brasil é ainda uma recente e pouco difundida atividade econômica. Contudo se tratando de uma prática incomum, já conta com grandes criadores espalhados pelo país, obtendo uma produção abundante e de alta qualidade.

Habitat: áreas úmidas com muita vegetação e hortas.
Ocorrência: é originário dos países mediterrânicos. Introduzido no Brasil, é a espécie criada para fins comerciais.
Hábitos: é capaz de absorver ou rejeitar água através dos poros da sua pele. Em função disso, o animal rege a sua atividade, hibernando-se quando a temperatura for inferior a 5ºC e morre se descer abaixo dos 0ºC. O seu período de atividade máxima é à noite. A temperatura ideal, para o desenvolvimento da criação localiza-se entre 16 e 24 graus centígrados. Dentro dessa faixa é onde o escargot alcança sua plenitude máxima de atividade biológica. Sendo um animal de hábitos noturnos, sempre que a temperatura se situa dentro dessa faixa, o escargot mostra-se extremamente ativo durante à noite e excepcionalmente, em dias escuros, nublados e chuvosos. Lembrando que abaixo de 10 e acima de 28 graus centígrados o escargot entra em processo de hibernação, cessando completamente suas atividades normais. Ele permanecerá neste estado de estagnação enquanto a temperatura não voltar aos níveis normais.
Alimentação: herbívoros.
Reprodução: é hermafrodita, no entanto tem que acasalar para haver fecundação. O ritual de acasalamento dura cerca de 10 horas e pode ocorrer várias vezes. O período que decorre desde o acasalamento até à desova varia conforme a temperatura, mas ronda os 15 dias. Para pôr os ovos, o caracol escava um buraco na terra com 3 a 4 cm de profundidade, no qual introduz a parte anterior do seu corpo. Cada postura dura várias horas e o caracol põe entre 60 e 150 ovos com 4 mm de diâmetro. Em seguida, o caracol cobre o buraco, iniciando-se a fase de incubação (14 a 30 dias, de acordo com a temperatura). Quando se dá a eclosão dos ovos, o caracol nasce já formado, com uma casca de 3 mm e pesa em média 27 mg. Fica no seu "ninho" durante alguns dias, alimentando-se dos resíduos orgânicos e dos restos dos ovos.
Predadores naturais: ratos e as lagartixas, sapos, aves, alguns insetos e ácaros.
Ameaças: além da temperatura outros fatores influenciam diretamente na vida dos caracóis. A umidade é de importância vital para a sobrevivência e desenvolvimento do escargot, já que o tegmento dos caracóis são extremamente penetráveis e portanto de fácil desidratação. A umidade ideal é de 85%, sendo acima de 80% satisfatória. Umidade excessiva também é prejudicial. A exposição direta ao sol é fatal aos escargots. Por outro lado a escuridão é prejudicial e se for duradoura é fatal. Portanto deve haver um equilíbrio entre luz e sombra, já que são indispensáveis ao escargot. O solo ideal para o escargot é neutro e de formação calcária. A exposição ao vento é extremamente prejudicial graças ao seu tecido corpóreo que é muito vulnerável; da mesma forma que a exposição à poeira, provocando seu ressecamento.
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